Rio fica azul após carreta derramar corante; ONG resgata patos e gansos tingidos
Por Nathan Vieira | •

Na última terça-feira (13), um acidente envolvendo uma carreta provocou o derramamento de aproximadamente 2 mil litros de corante azul em um córrego no bairro Jardim Tulipas, em Jundiaí (SP). O produto químico transportado em embalagens, atingiu ruas da região e o Córrego das Tulipas, alterando drasticamente a coloração da água e afetando a fauna: peixes foram encontrados mortos, e patos e gansos tingidos foram resgatados.
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Imagens captadas por drone mostraram a água intensamente azulada, e foi a ONG Associação Mata Ciliar que resgatou três gansos e um pato. Os animais precisaram passar por procedimentos de desintoxicação.
Além das aves tingidas, foram encontrados peixes mortos, o que indica um impacto ambiental significativo. Um grupo de capivaras também foi encontrado tingido. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), o corante alterou as características da água, como cor e qualidade, afetando o ecossistema. Técnicos seguem no local realizando o monitoramento e descontaminação do córrego.
O acidente ocorreu após uma carreta bater em um poste e tombar, e também mobilizou equipes da Defesa Civil e da CPFL, que atuaram na remoção do veículo e substituição da estrutura danificada. A via foi liberada no dia seguinte, mas o trabalho de contenção e recuperação ambiental continua.
"Devido à grande quantidade derramada, o produto escoou até uma boca de lobo localizada a cerca de 50 metros do local do impacto. Essa boca de lobo tem ligação direta com o córrego do Jardim das Tulipas, que atravessa o parque do bairro e deságua no Rio Jundiaí", explicou a prefeitura, em nota.
Segundo a Cetesb, o produto vazado é "à base de água, não classificado como inflamável ou reagente, usado em fazendas de peixes e camarões, para tratar fungos e parasitas".
Essa sitação do córrego azul devido ao corante serve como alerta para os riscos do transporte de produtos químicos e seus possíveis efeitos nocivos à natureza e aos animais silvestres (como, nesse caso, os patos e gansos tingidos).
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Fonte: g1 (1, 2), Agência Brasil