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Pesquisa sugere que chimpanzés têm ritmo e música pode ser anterior a humanos

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Reprodução/Pexels
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Uma nova pesquisa aponta que os chimpanzés batucam ritmicamente e sugere que a música pode ser anterior a humanos. Os cientistas publicaram o estudo na última sexta-feira (9), no periódico científico Current Biology

Para chegar às conclusões, os cientistas analisaram como 47 chimpanzés da África Oriental e Ocidental batucavam nas árvores presentes nos respectivos territórios. E a equipe descobriu que todos os animais apresentam um ritmo não aleatório de batida. 

“Mostrar que os chimpanzés compartilham algumas das propriedades fundamentais do ritmo musical humano em sua percussão é um passo empolgante para entender quando e como evoluímos essa habilidade. Nossas descobertas sugerem que nossa capacidade de tocar tambor ritmicamente pode ter existido muito antes de sermos humanos”, ressaltou Catherine Hobaiter, uma das pesquisadoras do estudo, em comunicado emitido pela Universidade de St. Andrews, no Reino Unido. 

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Ritmo depende da região

Os pesquisadores reuniram um conjunto de dados sobre como chimpanzés de diferentes locais do continente africano batucam nas árvores. As investigações mostraram que os animais da África Ocidental emitem sons com o mesmo intervalo de tempo, como as batidas de uma música eletrônica

Já os animais da região Oriental preferem alternar intervalos curtos e longos nos seus tambores. Além disso, os grandes símios orientais também batucam mais lentamente do que os seus primos ocidentais. 

Batuque para enviar informações

Os cientistas envolvidos no estudo ressaltam que, mesmo em ritmos diferentes, todos os chimpanzés batucam com as mãos e com os pés nas árvores para enviar informações que podem ser escutadas a mais de um quilômetro em florestas densas

Agora, os pesquisadores esperam estudar como esses animais coordenam suas mãos e pés para produzir os diferentes ritmos de percussão. A partir disso, a ideia é identificar como os ritmos moldam o comportamento social dos símios, bem como entender como se dá a escolha das árvores para a reprodução dos sons. 

Leia a pesquisa na íntegra na Current Biology.

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Fonte: Universidade de St. Andrews