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O maior iceberg do mundo está se despedaçando e pode até desaparecer para sempre

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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NASA GSFC/Wikimedia Commons
NASA GSFC/Wikimedia Commons

O iceberg A23a já foi o maior do mundo, mas desde maio de 2025 perdeu cerca de 80% de sua massa ao se fragmentar perto da Ilha Geórgia do Sul, caindo de mais de 3.600 km² para 1.700 km² e cedendo o título de gigante dos mares ao iceberg D15a, na Antártida.

Cientistas do British Antarctic Survey (BAS) explicam que A23a foi capturado por uma poderosa corrente oceânica chamada Frente Circumpolar Antártica Sul (SACCF). Esse fluxo, que circula a Ilha Geórgia do Sul, é conhecido por acelerar a fragmentação dos icebergs que passam pela região. Outros gigantes de gelo, como o A68 e o A76, também se partiram ao cruzar o mesmo caminho.

No caso do A23a, sua estrutura resistiu por mais tempo, mas a força das correntes e o choque constante com águas mais quentes estão agora acelerando o processo de desintegração. Especialistas acreditam que, em pouco tempo, os fragmentos ficarão tão pequenos que deixarão de ser monitorados.

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Impactos ambientais e futuros riscos

O derretimento de icebergs desse porte desperta preocupações ambientais. Embora o gelo que se desprende já faça parte do oceano e não eleve diretamente o nível do mar, sua dissolução libera grandes volumes de água doce e nutrientes. Isso pode afetar a salinidade do mar e influenciar cadeias alimentares marinhas, impactando desde o fitoplâncton até grandes espécies como baleias e focas.

Outro ponto de atenção é que a frequência de grandes icebergs se aproximando da Ilha Geórgia do Sul pode aumentar. A região é lar de importantes colônias de pinguins e aves marinhas, que podem sofrer se blocos de gelo dificultarem o acesso às áreas de alimentação.

Mudanças climáticas

A Antártida é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas, com alterações rápidas em suas plataformas de gelo, e o aquecimento dos oceanos e do ar está tornando o desprendimento de grandes massas mais frequente e acelerando o ritmo de derretimento.

Se essa tendência continuar, eventos como o do A23a podem se tornar cada vez mais comuns, transformando o cenário polar e trazendo consequências para todo o equilíbrio climático do planeta.

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Fonte: Live Science