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Níveis de dióxido de carbono devem atingir novo recorde em 2023

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Dimaberlin/Envato
Dimaberlin/Envato

O novo alerta da comunidade científica é que os níveis de dióxido de carbono (CO₂) devem aumentar cerca de 1% em 2023, atingindo assim um novo recorde. A estimativa é alarmante, justamente porque a quantidade de dióxido de carbono bombeado para a atmosfera precisa de diminuir drasticamente para que o planeta tenha alguma esperança de evitar alterações climáticas descontroladas.

O pesquisador responsável por essa previsão, Glenn Peters, do Global Carbon Project e do Centre for International Climate Research, revelou que para ser consistente com as metas climáticas estabelecidas no Acordo de Paris, as emissões globais de CO₂ fóssil precisariam diminuir mais de 5% ao ano.

"Isso simplesmente não está acontecendo. A cada ano, o aumento das emissões torna ainda mais difícil alcançar as metas de Paris e prende o mundo a ainda mais impactos climáticos”, alertou o especialista.
Para o pesquisador, a informação de que as emissões continuam a crescer é "mais decepcionante do que surpreendente”.

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O Acordo de Paris viu 196 países assinarem um tratado juridicamente vinculativo para manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2 °C acima dos níveis pré-industriais e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

Acontece que qualquer aumento de temperatura acima de 2 °C resultaria em consequências negativas em grande parte do mundo, à medida que condições meteorológicas extremas se tornam cada vez mais comuns.

O grupo apresentará a estimativa de emissões para o ano na 2023 UN Climate Change Conference, que será realizada em Dubai, no próximo mês de dezembro. Segundo Petes, a estimativa apresentada pode mudar ligeiramente em relação à sua estimativa atual de 1%, à medida que o grupo avalia os dados mais recentes, embora seja pouco provável.

Dióxido de carbono na atmosfera

Em 2022, o dióxido de carbono na atmosfera chegou a níveis não vistos há 4 milhões de anos. A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) afirmou que os níveis do composto chegaram a ficar 50% mais altos do que o registrado na era pré-industrial.

Fonte: United Nations Climate Change, iNews