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Montanhista relata experiência de subir vulcão na Indonésia: ‘é muito esforço’

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Reprodução/Wikimedia Cummons
Reprodução/Wikimedia Cummons

Em 2015, a montanhista Isabel Leoni percorreu a trilha de três dias até o Monte Rinjani, na Indonésia, e relatou que o trajeto exige “muito esforço”. Foi nesse local que Juliana Marins, de 26 anos, caiu de um penhasco no sábado (21), sendo encontrada já sem vida na terça-feira (24).

“A gente subestima muito a montanha. Acha que está chegando, que é rápido, e quando vê, não é logo ali. Demora muito, exige esforço, preparo e técnica”, afirma a triatleta brasileira.

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Na ocasião, Isabel fez a trilha acompanhada de dois amigos e destaca que não estava preparada para o frio intenso da região. Ela também aponta que os guias locais não fornecem água suficiente aos turistas, nem todas as informações necessárias sobre o percurso.

“Eu e meus amigos estávamos muito despreparados. Os guias de lá não avisam direito sobre o que vamos enfrentar. Eles vivem em condições muito precárias de trabalho e faziam a trilha de chinelo. Não há protocolos indicando os equipamentos obrigatórios, como casacos e sacos de dormir”, ressalta a montanhista.

Segundo Isabel, a areia fofa, a poeira, a altitude e o frio são alguns dos principais desafios da longa caminhada. Ela ressalta que, mesmo com as condições climáticas rigorosas, ao fim do primeiro dia os turistas dormem na crista do vulcão — que forma uma grande cratera — e, depois, seguem o trajeto.

“Meus dedos dos pés congelaram. Eu não conseguia andar de tanto frio. Não consegui chegar ao cume. No segundo dia, você desce tudo de volta, dorme à beira do lago, na base dessa cratera. No terceiro dia, sobe-se outra crista e, depois, desce novamente”, recorda Isabel.

Acidente fatal

Juliana Marins caiu de um penhasco enquanto fazia a mesma trilha realizada por Isabel. As buscas pela publicitária de Niterói (RJ) duraram quatro dias, e seu corpo foi encontrado a cerca de 600 metros de profundidade, já sem vida.

Nesta quarta-feira (25), agentes da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), da Indonésia, içaram o corpo de Juliana e o levaram até uma base. O resgate durou mais de sete horas.

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A operação mobilizou três equipes, que se dividiram em dois grupos e se posicionaram em diferentes pontos: um a 400 metros e outro a 600 metros de profundidade.

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Fonte: Agência Brasil