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Microplásticos ameaçam fotossíntese e colocam ecossistemas em risco

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No último dia 10, um estudo publicado na revista PNAS revelou que a poluição por microplásticos pode reduzir as taxas globais de fotossíntese em até 12,12%. Essa queda pode levar a uma perda significativa na produção de alimentos e afetar ecossistemas ao redor do mundo.

Os pesquisadores analisaram dados de 157 estudos anteriores e estimaram que a redução na fotossíntese pode resultar em perdas de até 360,87 milhões de toneladas de alimentos por ano.

Os microplásticos são pequenas partículas derivadas da degradação de plásticos maiores, presentes em oceanos, solos e na atmosfera. Eles são encontrados em diversos ambientes naturais e podem ser ingeridos por animais, contaminando a cadeia alimentar.

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Esses poluentes afetam a capacidade das plantas e das algas de realizar a fotossíntese, comprometendo a produção de oxigênio.

Microplásticos diminuem clorofila

A pesquisa revelou que os microplásticos diminuem os níveis de clorofila em organismos fotossintetizantes, como algas marinhas e de água doce, reduzindo a eficiência na captura de energia solar.

Com menos fotossíntese, há uma queda na produtividade primária, impactando não apenas a segurança alimentar, mas também a saúde de ecossistemas inteiros.

O processo da fotossíntese

A fotossíntese é o processo pelo qual plantas, algas e algumas bactérias convertem luz solar em energia química, essencial para a produção de oxigênio e a manutenção da vida na Terra.

A presença de microplásticos nos ambientes aquáticos e terrestres afeta diretamente esse processo ao diminuir a disponibilidade de luz e interferir na absorção de nutrientes pelas plantas.

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Os cientistas descobriram que essas partículas podem reduzir em até 18,25% os níveis de clorofila a, pigmento essencial para a captação de luz solar. Além disso, culturas importantes como trigo, milho e arroz estão sendo afetadas, o que pode agravar a fome global e comprometer a segurança alimentar.

Os pesquisadores ressaltam a necessidade de medidas urgentes para reduzir a poluição plástica. Segundo o estudo da PNAS, uma redução de apenas 13% nos níveis atuais de microplásticos poderia evitar a perda de até 115,73 milhões de toneladas de alimentos por ano. 

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