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Mais de 19 mil vulcões submarinos são descobertos por radar de satélite

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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Oceanógrafos dos Estados Unidos e China foram capazes de mapear mais de 19.000 montes e vulcões submarinos desconhecidos até então. Os pesquisadores usaram dados de satélites de radar e publicaram seus resultados na revista científica Earth and Space Science.

O relevo do oceano não é uniforme: existem planícies, depressões e cadeias de montanhas criadas pelo movimento das placas tectônicas ao longo do tempo, assim como na superfície. Com pouco mais de 20% do leito oceânico mapeado, é difícil estimar quantas feições geológicas submarinas existem, como no caso dos vulcões.

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Não saber quantos são e onde estão os montes abaixo do nível pode ser um risco para submarinos — dois destes veículos americanos já sofreram acidentes por isso. Mas, para além da segurança dos tripulantes, interessa à ciência localizar os montes submarinos para entender melhor a circulação oceânica.

Como a maioria dos satélites opera através da captura de imagens — na luz visível, no infravermelho ou no ultravioleta — eles não conseguem observar o que está acontecendo no fundo do oceano. Satélites de radar, por outro lado, emitem ondas que refletem na superfície e inferem a distância entre cada ponto e o aparelho. Estas ondas também não chegam aos montes submarinos, mas os cientistas foram capazes de detectar sua presença pela influência gravitacional que eles exercem sobre a água.

Dessa forma, além de melhorar o mapeamento feito em outros estudos semelhantes, os cientistas encontraram mais de 19.000 novos montes submarinos. No campo científico, os pesquisadores destacam a importância da descoberta por permitir estudos sobre a influência destes na circulação da água no fundo dos mares: quando uma corrente atinge um monte, ela se move em direção à superfície, se misturando de maneira ainda pouco conhecida.

Os montes submarinos também podem ser importantes habitats para a fauna marinha, enquanto os vulcões no oceano são capazes de entrar em erupção assim como os da superfície. Em 2022, um destes, localizado em Tonga, foi responsável por uma erupção recorde cujos efeitos devem permanecer na atmosfera por anos. Já no setor econômico, a descoberta pode revelar áreas de interesse para a mineração no fundo do oceano.

Fonte: Earth and Space Science Via: Phys.org