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Governador indonésio culpa neblina, chuva e falta de estrutura por resgate lento

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Flickr/skyseeker
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O governador indonésio Lalu Muhamad Iqbal, responsável pela província de West Nusa Tenggara — onde está localizado o vulcão Rinjani —, se pronunciou sobre a morte da brasileira Juliana Marins no local.

Em uma “carta aberta” publicada em seu perfil no Instagram, a autoridade atribuiu às condições climáticas e à falta de infraestrutura a lentidão no resgate da publicitária.

Juliana caiu de um penhasco durante uma trilha no dia 21 de junho. A morte da brasileira foi confirmada na última terça-feira (24), quatro dias após o início das tentativas de resgate.

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Nevoeiro e chuva no topo do vulcão

Segundo Iqbal, as equipes de resgate da Indonésia enfrentaram "desafios significativos" impostos pelas forças da natureza ao longo da operação para resgatar a jovem.

Nevoeiro denso e chuva persistente dificultaram os esforços desde o primeiro dia, tornando difícil até mesmo para drones térmicos detectarem coordenadas precisas”, destacou o governador na postagem.

Terreno arenoso

Iqbal também apontou o terreno arenoso próximo ao local onde Juliana foi encontrada como outro obstáculo para o resgate. Segundo o governador, essa condição representava um “risco extremo” para os dois helicópteros que foram enviados à região.

De acordo com ele, havia risco de a areia entrar nos motores das aeronaves, tornando o transporte aéreo uma opção insegura naquele momento.

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Falta de estrutura de segurança

Outro ponto abordado pelo governador em vídeo publicado nas redes sociais foi a carência de infraestrutura voltada à segurança dos turistas que fazem trilhas no vulcão Rinjani.

“Também percebemos que a infraestrutura de segurança ao longo das trilhas do Rinjani precisa ser aprimorada, pois esta montanha deixou de ser apenas um destino de trekking e se tornou uma atração turística internacional”, pontuou Iqbal.

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A rota até o topo do Monte Rinjani — o segundo maior vulcão da Indonésia — é considerada difícil e exige o uso de equipamentos adequados para garantir uma jornada segura.

Terrenos escorregadios, penhascos, mudanças bruscas de temperatura, neblina e poeira intensa estão entre os principais fatores que aumentam a dificuldade do percurso.

Poucos profissionais certificados

O governador também reconheceu a limitação no número de profissionais certificados para acompanhar os turistas durante a desafiadora caminhada no Rinjani.

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“Reconhecemos que o número de profissionais de resgate vertical certificados ainda é insuficiente, e que nossas equipes carecem de equipamentos avançados necessários para esse tipo de missão”, declarou.

Na sequência, ele afirmou que, como governador, está comprometido a revisar a infraestrutura geral da região do Rinjani com o objetivo de melhorar os mecanismos de segurança.

“Asseguro que tomaremos medidas concretas para aprimorar nossa preparação para futuras emergências ou desastres. Isso inclui buscar parcerias com especialistas globais em operações de resgate em montanha e vertical”, concluiu Iqbal.

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