Espécie humana extinta se adaptou para viver em clima extremo no deserto
Por Júlia Putini • Editado por Luciana Zaramela |

Ancestrais da espécie humana foram capazes de se adaptar para sobreviver em ambientes desérticos há pelo menos 1,2 milhão de anos. É o que mostra um novo estudo publicado neste mês na revista científica Nature.
- Clique e siga o Canaltech no WhatsApp
- Pela 1ª vez, Lua entra em lista de locais culturais ameaçados
- Fóssil de dino gigante foi destruído na Segunda Guerra; espécie era desconhecida
Desenvolvido por pesquisadores da University of Calgary e University of Manitoba, ambas no Canadá, o estudo sugere que adaptações comportamentais proporcionaram a maior dispersão geográfica e sobrevivência do Homo erectus.
Entre elas, a capacidade de retornar reiteradamente ao longo de milhares de anos a rios e lagoas específicos para obter água doce, e o desenvolvimento de ferramentas especializadas, que os tornou mais eficientes no abate de animais.
Os cientistas chegaram a essa conclusão por meio da coleta de dados arqueológicos, geológicos e paleoclimáticos coletados na Tanzânia, que é um importante sítio arqueológico de hominídeos primitivos.
O achado representa uma mudança de paradigma, uma vez que houve um debate significativo sobre quando os primeiros hominídeos adquiriram a adaptabilidade para sobreviver em ambientes extremos, como desertos ou florestas tropicais.
Até então, assumia-se que apenas o Homo sapiens era capaz de se adaptar a tais ambientes. Agora, é possível imaginar que o H. erectus possa ter sido uma espécie generalista capaz de sobreviver em uma variedade de paisagens tanto na África quanto na Eurásia.
Leia também:
- Nova espécie gigante de "inseto marinho" comestível recebe nome de Darth Vader
- Cientistas coletam gelo de mais 1 milhão de anos na Antártica
VÍDEO: Celular que molhou não tem garantia? O que diz o site das marcas sobre a resistência à água?
Fonte: