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Em 48 horas, SP registra 7 vezes mais queimadas que em agosto de 2023

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Chiara Guercio/Unsplash
Chiara Guercio/Unsplash

Moradores do interior de São Paulo relatam insegurança e transtornos em relação ao número excessivo de queimadas no estado. Entre quinta (22) e sexta-feira (23), o estado registrou 2.316 focos de incêndio — 7 vezes mais que em agosto de 2023, quando houve 352 incidentes em todo o mês.

Com o calor, o tempo seco e a falta de chuvas, a propagação de incêndios avança no estado, fazendo com que grandes nuvens de fumaça se espalhem pelo ar. O efeito, chamado "pluma de fumaça", deixa o horizonte embaçado, capaz até mesmo de encobrir o sol.

Inclusive, a situação de céu enfumaçado piora com as já existentes emissões tóxicas vindas das queimadas na Amazônia na última semana. O estado de São Paulo registra mais focos de fogo que os estados da Amazônia Legal, que enfrentam atualmente uma onda preocupante de queimadas, registrando recordes de incêndios cuja fumaça já atravessou a fronteira de 10 estados brasileiros.

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Com a fata de visibilidade e o número crescente de focos de incêndio, as consequências são drásticas. Em Sertãozinho (SP), por exemplo, uma usina precisou ser evacuada devido à propagação das chamas às margens da Rodovia Armando de Sales Oliveira (SP-322). Acidentes de trânsito, como o registrado na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, em Pitangueiras (SP), também ocorreram devido aos focos de fogo. 

“A principal recomendação é evitar atravessar áreas com cortinas de fumaça e fogo. Caso não haja essa possibilidade, reduza a velocidade, mantenha os faróis baixos acesos e uma distância segura do veículo à frente”, diz em nota o governo de São Paulo.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os municípios paulistas que mais sofrem com os efeitos do fogo são os da região de Ribeirão Preto (SP), São Carlos (SP), Bauru (SP), Presidente Prudente (SP) e São Jose do Rio Preto (SP). Pitangueiras (SP), Altinópolis, (SP) e Sertãozinho (SP), juntas, já somam 203 focos de queimadas.

A Defesa Civil informa que seis regiões estão com risco elevado para incêndio florestal, situação que levou o governo a instaurar um gabinete de crise na sexta-feira (23). São 30 municípios em alerta máximo para grandes queimadas, contando atualmente com focos ativos de incêndio.

“São localidades que estão com baixa umidade do ar e risco elevado com a onda de calor que atinge todo o estado”, informou, em nota, o governo do estado.

As regiões com risco elevado para incêndio florestal são:

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  • Araçatuba
  • Ibitinga
  • São Carlos
  • Barretos
  • Ribeirão Preto
  • Franca

A Defesa Civil emitiu alertas para conscientizar a população sobre os riscos envolvendo incêndios ambientais:

  • Queimadas emitem fumaça tóxica, que além de serem prejudiciais ao meio ambiente, fazem mal à saúde humana, causando doenças respiratórias;
  • O órgão desencoraja que moradores realizem queimadas para limpeza de terrenos e descartem o lixo no local adequeado;
  • É proibida por lei a soltura de balões, o que configura crime ambiental, devido às consequências após quedas e incêndios;
  • É proibido jogar bitucas de cigarro à beira de rodovias; o mesmo vale para palitos de fósforo acesos. 

Fonte: Agência Brasil, Defesa Civil do Estado de São Paulo, Inpe