Desmatamento da Amazônia no 1º trimestre do ano atinge novo recorde
Por Wyllian Torres • Editado por Rafael Rigues |

O desmatamento na Amazônia atingiu um novo recorde para o primeiro trimestre de 2022 em comparação ao mesmo período do ano passado. Dados de satélite do sistema de alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o DETER, apontam uma área desmatada de 941 km quadrados.
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A marca é a maior registrada desde que o DETER começou a monitorar a destruição da floresta tropical em 2015. A área desmatada é quase do tamanho do estado do Mato Grosso, que tem pouco mais de 903 km quadrados.
Os dados também revelam uma diminuição de 15% do desmatamento no mês de março, em comparação ao ano anterior, mas isso está longe de ser algo significativo diante do crescente desmatamento da maior floresta tropical do mundo nos últimos anos.
Desde que Jair Bolsonaro assumiu a presidência, em 2019, o desmatamento médio anual do Brasil subiu 75% em relação à década anterior. A maior parte da destruição é liderada, principalmente, pela agricultura brasileira — maior exportadora de soja e carne bovina — e a mineração.
Além de ameaçar uma das maiores biodiversidades do mundo, o desmatamento da Amazônia contribui para o aquecimento global, uma vez parte da destruição da floresta é acompanhada de queimadas — que lançam gás carbônico, um dos principais gases de efeito estufa, na atmosfera.
Vale lembrar que no ano passado a Amazônia registrou o maior desmatamento da década passada, com um aumento de 20% em relação a 2020, segundo levantamento feito pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Fonte: Via Phys.org