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Criatura recém-descoberta no oceano profundo parece um alien de tão bizarra

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Johanna Weston/Woods Hole Oceanographic Institution
Johanna Weston/Woods Hole Oceanographic Institution

No Oceano Pacífico, uma equipe internacional de cientistas descobriu uma criatura tão bizarra e estranha no fundo do oceano, a mais de 7,5 mil metros da superfície, que mais se parece com um alien branco e sem olhos pigmentados. O predador das profundezas foi nomeado de Dulcibella camanchaca.

Vivendo em um ambiente de muita escuridão e pressão elevada, o crustáceo predador (que é um tipo de anfípode) tem cerca de 4 centímetros. Apesar do diminuto tamanho para quem é do continente, é quase um gigante entre as espécies locais. Inclusive, consegue capturar presas menores com apêndices especializados para a caça.

Diferente do predador alien, a maioria dos anfípodes encontradas no oceano profundo vivem de “restos”, como detritos que caíram ou que sobraram, como se fossem coletores. Então, Dulcibella camanchaca rompe com a tradição, o que é possível por causa de seus “apetrechos” de caça.

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A criatura é tão diferente das outras que vivem no mesmo local que deu origem a um novo gênero — ela é a única do grupo. Essas “bizarrices” foram confirmadas a partir da análise de DNA e de morfologia feitas em laboratório, como aponta o estudo publicado na revista Systematics and Biodiversity.

Descoberta do predador alien no mar profundo

Para ser mais preciso, a espécie foi descoberta em um grupo de quatro indivíduos localizado na zona hadal do oceano — os ecossistemas marinhos que existem a partir de 6,5 mil metros de profundidade. Neste caso específico, estavam a 7,9 mil metros da superfície

O “grupo de aliens” vive na Fossa Peru-Chile, também conhecida como Fossa do Atacama, que fica no leste do Pacífico. É o que revelou a expedição feita no ano passado, em parceria do Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) e  do Instituto Milênio de Oceanografia (IMO).

Após a coleta com um veículo não tripulado, com iscas, os quatro exemplares foram congelados. Isso permite a análise morfológica e genética mais detalhada, sem comprometer as amostras, mas limita o estudo comportamental. Agora, o grupo espera encontrar outras espécies na região ainda.

Vale observar que o nome da nova espécie carrega duas referências. O gênero Dulcibella foi diretamente inspirado por Dulcinea del Toboso, do romance Dom Quixote, escrito por Miguel de Cervantes. Enquanto isso, camanchaca significa “escuridão” em uma das línguas dos povos originários da região.

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