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Como se formam as dunas e as praias? Conheça as formações arenosas!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 10 de Dezembro de 2021 às 13h51

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f9photos/Envato
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Você já parou para pensar em como se formam as dunas? As dunas são uma das várias formas de relevo que, em sua maioria, surgem pela ação dos ventos quando a areia formada pelo desgaste das rochas passa a se acumular na paisagem. Elas despenham diversos papéis, como o de conter os ventos dos litorais proteger o solo.

Assim como outras formações arenosas, as dunas são o resultado da ação das intempéries sobre as rochas ao longo de muito tempo. Normalmente, as regiões tropicais e desérticas estão mais sujeitas a estes desgastes — seja pela umidade ou a ausência dela.

Como se formam as dunas

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Uma duna se forma quando a areia carregada pelo vento passa a se juntar em algum obstáculo na superfície — rochas ou elevações no solo, por exemplo. Conforme os ventos transportam mais grãos de areia, maior a duna se torna. No Deserto do Saara, por exemplo, algumas alcançam até 300 metros de altura.

Em sua maioria, este tipo de relevo se deve ao desgaste das rochas pela intensa ação dos ventos ou pelo transporte de sedimentos já existentes na superfície terrestre, comuns em praias e desertos de todo o mundo. Sem sedimentos, não há colinas de areia.

Embora seu formato esteja vulnerável às ventanias, a duna apresenta duas estruturas básicas. A primeira é chamada barlavento, o lado em que o vento sopra contra a estrutura e o lado contrário, livre do ar em movimento, conhecido como sotavento.

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Outra característica das dunas é que elas se movem pela paisagem e, com o passar do tempo e a ação dos ventos, mudam de forma. Conforme os grãos de areia são carregados pelas ventanias, eles são depositados mais adiante, acumulando-se em uma nova estrutura conhecida como ergs — dunas móveis.

Por isso o tamanho das dunas pode variar desde grandes extensões, como a maior duna do mundo encontrada no Deserto do Namibe — com mais de 30 mil quilômetros quadrados — ou pequenas saliências arenosas.

A partir de seus formatos, as dunas são classificadas em cinco principais formas:

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  • Crescente
  • Linear
  • Estrela
  • Cúpula
  • Parabólica

As dunas ainda desempenham alguns papéis importantes na paisagem, como a contenção da força dos ventos em regiões litorâneas, além de diminuir a penetração de água salgada no lençol freático. Mesmo nos desertos mais escaldantes, elas podem ser o lar de muitas espécies, como escorpiões e cobras.

Outras formações arenosas

Praias

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As faixas de areia das praias seguem um pouco da lógica da formação das dunas, mas com o acréscimo de outras ações além do desgaste das rochas através das chuvas e dos ventos. As águas que escorrem dos rios trazem também um grande volume de sedimentos das rochas do caminho, deterioradas pela ação delas.

A composição desta areia, portanto, depende do tipo de rochas encontradas na paisagem. Por exemplo, as praias do Havaí apresentam uma coloração escura, pois são o resultado da erosão de rochas vulcânicas. As areias avermelhadas vêm de rochas vulcânicas ricas em ferro.

Já as praias com areia mais claras (algumas quase brancas) são formadas em sua maioria pelo desgaste do quartzo, o segundo mineral mais abundante da Terra. Parte destas faixas de areia também é carregada pela correntes marítima e depositada em regiões costeiras pelas ondas.

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Areal

Solos arenosos são classificados a partir de sua concentração de partículas sólidas, isto é, quando ele possui cerca de 70% de areia. Os areais, assim como as dunas e faixas de areia da praia, também são formados pela degradação das rochas e do próprio solo ao longo do tempo.

Os areais também podem ser uma camada de sedimentos de um passado distante, eventualmente desenterrado ou ainda um sinal de degradação recente do solo, conhecido como processo de arenização. Isto acontece quando um solo arenoso perde sua cobertura vegetal e passa a ser “varrido” pela chuva e vento.

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No entanto, diferentemente das dunas e areias da praia, os areais são solos mais compactos, pois são muitos anos de acúmulo de sedimentos que vão pesando e afundando cada vez mais no chão. Portanto, somente sua parte superficial pode ser deslocada pelas intempéries.

E a areia movediça?

Ao contrário do que os filmes narram, a areia movediça não é um monstro devorador de desatentos. Ela é um fenômeno natural que surge quando um fluxo de água preenche espaços com a presença da areia. É um solo arenoso saturado pelo líquido e que não consegue mais suportar o peso.

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A areia movediça pode ocorrer em qualquer lugar, desde que existam seus principais componentes — areia e água —, mas são comuns nas regiões naturalmente propícias a esses encontros, como:

  • Margem de rios
  • Lagos
  • Praias
  • Pântanos
  • Locais próximos a fontes subterrâneas

Quando seca, o atrito entre as partículas de areia é maior e, por isso, ela consegue suportar o peso acima dela, mas, quando fica saturada de água, o atrito é consideravelmente reduzido. Qualquer objeto que cair ali, dependendo de sua densidade, afundará com facilidade.

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Caso uma pessoa caia em uma dessa mistura, quanto mais ela se agitar, mais rapidamente ela afundará. Portanto, é preciso relaxar, pois o corpo humano é menos denso do que a areia movediça e inevitavelmente ele flutuará. Além disso, estes fenômenos costumam ser rasos — com raras exceções.

Como a areia se forma?

Cada grão de areia pode revelar parte da história da Terra. Eles são o resultado de milhares e até milhões de anos de erosão das rochas provocadas pelo intemperismo. O tipo mais comum de areia é formado por pequenas partículas de quartzo (ou dióxido de silício), um dos minerais mais abundantes na crosta terrestre.

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Mas o quartzo e outros minerais da mesma família não se quebram facilmente, então apenas uma escala de tempo geológica — a qual supera o tempo de vida humana — pode observar os desgastes destas rochas, assoladas pela chuva, vento e assim por diante.

Além do desgaste dos solos e das rochas, as areias também surgem a partir da quebra de corais, seja pelo movimento das ondas e correntes ou pelo pastoreio de algumas espécies marinhas — como o peixe-papagaio-azul, que se alimenta deles e excreta uma areia branca (carbonato de cálcio).

O carbonato de cálcio, presente nas conchas e esqueletos das espécies marinhas, é responsável pela aparência branca das areias em praia. No entanto, a areia pode variar sua cor dependendo do tipo de rocha da qual ela surge. Seja no litoral ou no continente, toda areia é fruto da erosão.

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Fonte: Via NOAA; Live Science; HowStuffWorks