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Bioplástico é tão nocivo quanto o plástico tradicional, revela estudo

Por| 27 de Outubro de 2020 às 12h49

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Erik Mclean/Unsplash
Erik Mclean/Unsplash

Como parte de esforços para criar inovações que tornem o mundo mais sustentável, surgiram nos últimos anos o plástico biodegradável que, diferente do tradicional, consegue se decompor facilmente no solo. Porém, de acordo com um novo estudo, o material não é tão seguro assim.

A pesquisa, publicada na revista científica Environment International, analisou 43 produtos diferentes com bioplástico, como talheres, embalagens de chocolates, garrafas de refrigerante e rolhas de vinho. Esses itens representam nove tipos de material bioplástico que estão disponíveis no mercado, que são desenvolvidos a partir de matérias orgânicas, como as algas e outras plantas.

Com a ajuda de uma análise genética chamada bioensaios in vitro e também a espectrometria, que observa as interações de um certo material quando em contato com a luz, os cientistas observaram que aproximadamente 80% dos produtos possuíam mais de 1.000 produtos químicos diferentes, alguns deles contando com até 20 mil deles. 

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A pesquisa mostrou que, em um geral, os materiais biodegradáveis não são mais seguros que o plástico tradicional e isso não significa, no entanto, que todos esses produtos químicos sejam ruins. Ainda será preciso mais estudos para determinar as consequências desses produtos para a saúde humana e quais, por exemplo, conseguem entrar no organismo.

Estudos anteriores já haviam mostrado que os bioplásticos comercializados com a promessa de serem compostáveis e biodegradáveis, na verdade, acabam não se decompondo se não forem enviados para instalações específicas. John Hocevar, diretor de campanha para oceanos do Greenpeace nos Estados Unidos, diz estar preocupado com o resultado da pesquisa. 

"Bioplásticos, como todos os plásticos, costumam conter produtos químicos que não são regulamentados, mesmo sabendo que muitos deles podem causar câncer, problemas reprodutivos e outras doenças sérias", conta Hocevar. "Antes de introduzir novos materiais, os produtos químicos envolvidos devem ser divulgados, testados e regulamentados", completa, dizendo ainda que a melhor forma de combater a crise dos plásticos é com soluções que evitam o uso dos materiais descartáveis.

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O plástico tem sido um problema para a sustentabilidade há muito tempo, seja na hora da fabricação com a emissão de poluentes, com o seu descarte em aterros ou com a incineração, que também é prejudicial para a atmosfera.

 

Fonte: Gizmodo