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Abelhas estão estressadas e a culpa é das mudanças climáticas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Agosto de 2022 às 11h11

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Dmitry Grigoriev/Unsplash
Dmitry Grigoriev/Unsplash

Nesta quinta-feira (18), dois estudos simultâneos revelaram informações a respeito da situação das abelhas. Enquanto o primeiro — publicado em Journal of Animal Ecology — indicou que as abelhas vêm sofrerando estresse durante o desenvolvimento, o segundo (publicado na revista Methods in Ecology & Evolution) destaca que esse estresse pode levar à perda de diversidade genética.

O primeiro estudo investigou a assimetria nas asas de zangão como um indicador de estresse. Alta assimetria (asas direita e esquerda muito diferentes) indica que um fator externo que afetou o crescimento dessas abelhas. Para isso, a equipe analisou quatro espécies diferentes.

Tendo em mente as condições climáticas da época dessas abelhas analisadas, a equipe descobriu que em anos mais quentes e úmidos as abelhas apresentaram maior assimetria de asas. O objetivo do estudo foi entender melhor as respostas a fatores ambientais específicos e aprender com o passado para prever o futuro.

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"Com condições mais quentes e úmidas previstas para colocar os zangões sob maior estresse, o fato dessas condições se tornarem mais frequentes sob as mudanças climáticas significa que os zangões podem estar em um momento difícil ao longo do século XXI", expõe o artigo.

No segundo estudo, a equipe sequenciou os genomas de mais de cem espécimes de abelhas com mais de 130 anos, para determinar como o estresse relatado pode levar à perda de diversidade genética. No entanto, os próprios cientistas ressaltam que um dos principais problemas com coleções de museus é que a qualidade do DNA pode ser muito variável, tornando difícil prever que tipo de análise deve ser feita.

De qualquer forma, os envolvidos ressaltam que esses estudos sobre as abelhas e o estresse gerado pela mudança climática mostram o valor de desvendar os segredos do passado. "O que fizemos é apenas o começo, e continuando nosso trabalho, só podemos descobrir mais".

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Fonte: Methods in Ecology & Evolution, Journal of Animal Ecology via Phys.org