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O que você precisa saber sobre o GNU/Linux - Dicas para começar

Por| 09 de Abril de 2018 às 18h40

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O que você precisa saber sobre o GNU/Linux - Dicas para começar
O que você precisa saber sobre o GNU/Linux - Dicas para começar

Afinal, qual é a melhor distro Linux? A mais rápida, versátil, bonita e recheada de recursos? Será que é possível dar uma resposta objetiva a essa pergunta? Há uma boa quantidade de alternativas por aí, e experimentar até achar a melhor opção é o caminho mais promissor. Mesmo porque há tanto fatores objetivos quanto subjetivos na escolha de cada um.

Por exemplo, qual é a melhor interface gráfica, KDE ou GNOME? LXDE, Budgie, Pantheon ou Unity? E o melhor gerenciador de pacotes, apt ou pacman? E a melhor abordagem, o foco em estabilidade do Debian ou as atualizações contínuas e rápidas do Arch? Ou mesmo de suas distro “filhas”, Ubuntu e Manjaro, respectivamente?

Instalação

Vimos, em artigos anteriores, que a melhor abordagem para começar a usar uma distro Linux é, bom, usar uma distro Linux. Grande parte delas podem ser carregadas de um pendrive, permitindo que vocês as experimente sem correr o risco de perder algum dado na máquina. O próximo passo é instalar, etapa que “assusta” os novos usuários.

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A verdade é que não é um processo tão complicado quanto parece. Assim como acontece com o Windows, o Linux trabalha com um conjunto de partições, bastando dimensionar cada uma delas de acordo com a necessidade. Essencialmente, basta uma partição raiz (conhecida como “/”, comumente sendo do tipo ext4, atualmente) e uma swap (equivalente à “memória virtual” do Windows).

Uma boa prática é criar uma partição “/home” separada para arquivos pessoais. Até a escolha de uma distro definitiva, é bastante comum transitar entre várias delas. Com os arquivos pessoais preservados em uma partição separada, estes não serão perdidos mesmo que você experimente uma distribuição diferente.

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Distribuições mais famosas pela facilidade de uso costumam trazer processos automatizados de instalação. Aliás, permitem até manter o Windows lado a lado com ela, desde que exista espaço para o Linux. Basta ligar a máquina e escolher entre os dois, ou mesmo entre as distros Linux através do gerenciador de inicialização, como o GRUB (GRand Unifield Bootloader).

Uso diário vs experimentos

Mesmo que inicialmente encontremos uma distro que seja “a nossa cara”, acabamos olhando outras que também nos parecem interessantes. O que fazer: formatar a máquina e já instalar essa outra? Depende do uso da máquina, assim como do motivo que nos faz olhar para outra distro com bons olhos.

Por vezes o fazemos por ler pontos bastante positivos sobre essa nova distro, como este autor ao começar a usar o Manjaro, por exemplo. Outras devido a algo que começa a nos incomodar em particular.

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É o caso da escolha do Ubuntu pelo Unity como interface padrão. Não tanto pela alta exigência gráfica ou o funcionamento em si, mas pela busca automática na internet em diversos sites por padrão. Discussões à parte sobre se era uma violação de privacidade ou não, era algo que realmente incomodava.

Em todo caso, é importante diferenciar uma máquina de uso diário de outra voltada para testes. Especialmente, aliás, para quem faz questão de instalar uma distro Linux fisicamente.

Distros similares e interfaces

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Um outro ponto que vale destacar é a facilidade com que o conhecimento de uma distro pode ser aproveitado em outro. Por exemplo, conhecer como o apt funciona no Ubuntu facilita a migração tanto para a distro “pai”, o Debian, quanto para distros “filhas”, como o Linux Mint e o elementary OS.

Outro ponto interessante de destacar é que não é necessário mudar de distro para experimentar uma interface gráfica específica. Digamos que o Ubuntu seja sua preferida, com um bom suporte de hardware e facilidade de uso, mas o Unity está deixando a desejar*. Basta optar por versões com a interface desejada: Xubuntu (Xfce), Lubuntu (LXDE), Kubuntu (KDE), e assim por diante.

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Mais ainda: não é necessário nem instalar a mesma distro com uma interface diferente. É possível instalar uma interface gráfica dentro da própria distro, optando pela interface preferida na hora de efetuar o login. Uma boa opção não apenas pela simplicidade de não ter que formatar a máquina, mas também para manter as configurações atuais.

*O que mudará na próxima versão do Ubuntu, 18.04 (Bionic Beaver).

Saindo do básico

Muito do que abordamos até o momento tem como foco o usuário comum. O usuário que não está lá muito preocupado com os mecanismos internos do sistema operacional, mas sim em ligar a máquina, abrir o navegador e usar a internet. Ainda que as distros Linux sejam bastante intuitivas de usar, há benefícios diretos em aprofundar o conhecimento em qualquer uma das distros.

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Aprender alguns comandos básicos no terminal certamente facilitam a vida. Seja na hora de compilar um pacote que não está nos repositórios oficiais, seja criar scripts que automatizam tarefas (backups, sincronização e assim por diante). É possível até converter vídeos via terminal, por exemplo.

Outras funções mais avançadas também ajudam a organizar a infraestrutura da casa. Por exemplo, criar um servidor de mídia, de arquivos com um computador antigo e sem uso. Ou criar uma máquina de compartilhamento de arquivos sincronizada com o home theater da casa (ou ainda criar um home theater com uma máquina Linux, dando alguma sobrevida àquele netbook encostado).

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Esses são somente alguns dos exemplos, já que há todo um universo de possibilidades. O importante é começar a usar, descobrindo novas utilidades com o passar do tempo, conforme aprendemos mais e nos sentimos mais à vontade com o sistema.