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Facebook afirma que coleta todos os dados dos usuários para protegê-los

Por| 07 de Fevereiro de 2019 às 17h29

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Facebook afirma que coleta todos os dados dos usuários para protegê-los
Facebook afirma que coleta todos os dados dos usuários para protegê-los
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Há pouco menos de um mês a relação do Facebook com a Alemanha estava na corda bamba. Isso porque o órgão regulador antitruste Bundeskartellamt estava questionando o modelo de negócios da rede social de Mark Zuckerberg, em especial a maneira como a empresa estava coletando dados de usuários.

O Bundeskartellamt estava estudando impor novas e rígidas leis sobre a empresa relacionadas à coleta de dados e, enfim, a decisão foi tomada, mas o Facebook não parece nada feliz. O motivo é porque o órgão alemão optou por limitar a forma como a gigante das redes sociais consegue informações dos usuários.

Em suma, o regulador federal antitruste da Alemanha determinou que o Facebook não pode mais usar dados coletados em suas diferentes plataformas — incluindo WhatsApp e Instagram — sem a permissão explícita dos usuários. Até então, os internautas da Alemanha e de outros lugares não tinham como escolher se queriam ou não compartilhar informações.

Segundo Andreas Mundt, presidente do Bundeskartellam afirmou em comunicado: “A prática anterior de combinar todos os dados em uma conta de usuário do Facebook, praticamente sem qualquer restrição, estará agora sujeita ao consentimento voluntário dado aos usuários”. O regulador federal também afirmou que a decisão não é uma oposição à gigante das redes sociais.

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De acordo com o Bundeskartellam, eles não estavam contentes com a prática da empresa de sair por aí coletando todos os dados de um usuário em várias plataformas, além de afirmar que o Facebook estava usando o método de maneira anticompetitiva, já que a rede social tem uma posição predominante no mercado alemão dentro do segmento.

“Com 23 milhões de usuários ativos diários [na Alemanha] e 32 milhões de usuários ativos mensais, o Facebook tem uma participação de mercado de mais de 95% (usuários ativos diários) e mais de 80% (usuários ativos mensais)”, revela o comunicado do órgão regulador alemão.

“Um bem maior”

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Do outro lado da moeda, o argumento do Facebook é de que existe, sim, competição entre redes sociais no país. Além disso, para eles, a coleta de dados é para o bem de todos. De acordo com a empresa, o compartilhamento de informações é feito com o objetivo de “proteger” os usuários contra o terrorismo e o abuso infantil.

Em comunicado oficial, o Facebook respondeu o seguinte: “O Bundeskartellamt subestima a competição acirrada que enfrentamos na Alemanha, interpreta mal nossa conformidade com o GDPR e enfraquece os mecanismos que a legislação europeia fornece para garantir padrões consistentes de proteção de dados em toda a União Europeia”.

Segundo a gigante azul, “mais de 40% dos usuários de redes sociais na Alemanha nem usam o Facebook” — ainda que não haja menção de quem ou quais outras marcas ocupam a porcentagem restante, estranhamente. Confira a declaração:

“O Facebook sempre teve a preocupação de conectar você com pessoas e informações de seu interesse. Nós personalizamos a experiência de Facebook de cada pessoa para que seja exclusiva para você, e usamos várias informações para fazer isso — incluindo os dados que você inseriu em seu perfil, as publicações que você curte ou compartilha e as que outros serviços compartilham conosco sobre as suas atividades nos sites e aplicativos deles. O uso de informações em nossos serviços também nos ajuda a proteger e garantir a segurança das pessoas, incluindo, por exemplo, a identificação de comportamento abusivo e a desativação de contas vinculadas ao terrorismo, exploração infantil e interferência eleitoral no Facebook e no Instagram”.
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Ao final de sua declaração, o Facebook também sugere que o Bundeskartellamt pode estar tentando implementar regras a apenas uma empresa do segmento, e se apoia no argumento de que se todos estão usufruindo dos mesmos métodos de compartilhamento de dados, logo eles também podem. Não parece uma afirmação inteligente, ainda mais com o histórico da rede social e todas as polêmicas ao longo de 2018.

De toda forma, o Facebook pretende recorrer da decisão na Alemanha, insistindo que os motivos não são apenas por conta de seus próprios interesses corporativos, mas especialmente em nome das pessoas, garantindo que todos possam se “beneficiar” de um mundo repleto de serviços como os da gigante das redes sociais.

Fonte: Gizmodo