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Youtuber transexual acusa plataforma de reduzir monetização de seus vídeos

Por| 01 de Junho de 2018 às 13h07

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Youtuber transexual acusa plataforma de reduzir monetização de seus vídeos
Youtuber transexual acusa plataforma de reduzir monetização de seus vídeos
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Chase Ross é o mais novo criador de conteúdo a acusar o YouTube de reduzir a monetização de vídeos devido aos temas abordados. Ele é dono do canal Upper Case Chase, que administra desde abril de 2010 e no qual relata seu processo de transição de gênero, relatando experiências com hormônios e cirurgias — além de falar sobre gatos.

Ele publicou a denúncia no Twitter após a realização de testes. Segundo ele, um vídeo sobre seu estado emocional ao longo dos cinco anos desde sua cirurgia de transição teve sua monetização reduzida exatamente após a inclusão da palavra “transgênero” no título. Um segundo upload do conteúdo, com as mesmas tags, nome e imagem de exibição, mas sem o termo, não gerou o mesmo resultado.

Ross afirma que a mesma coisa aconteceu com conteúdos antigos, nos quais a tag “trans” foi adicionada posteriormente. Dois vídeos dessa categoria também perderam a capacidade de monetização total no momento em que foram alterados, enquanto outros, tratando de temas que o youtuber considerou mais polêmicos, não receberam o mesmo tratamento do serviço.

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O criador acusa a plataforma de estar discriminando os criadores da comunidade transexual em sua política de anúncios, reduzindo o potencial monetário de suas publicações e, também, o alcance delas. Ainda pela rede social, ele solicitou que sua audiência assistisse e curtisse os vídeos, de forma que o YouTube realizasse uma revisão manual dos conteúdos.

Isso efetivamente aconteceu, conforme relatado posteriormente por Ross, que teria sido contatado diretamente por um representante da Google, que disse não ter encontrado problemas nos vídeos e restabelecido a monetização completa. Ainda assim, o YouTuber afirma que outros conteúdos de seu canal continuam com a exibição de anúncios restrita, incluindo algumas de suas publicações mais populares, o que afeta de forma bastante profunda seus ganhos financeiros.

Em resposta oficial, o YouTube negou veemente ter uma lista de palavras relacionadas à comunidade LGBTQ que afeta a monetização automática de vídeos. Além disso, afirmou que esse processo é realizado por sistemas automáticos e baseados em machine learning, com os criadores afetados podendo solicitar uma revisão manual para que a exibição completa de anúncios seja restabelecida.

Fruto de uma mudança de regras aplicada no ano passado, a desmonetização é uma realidade constante — e incrivelmente negativa — para canais que abordam conteúdos considerados polêmicos. É uma medida do YouTube para melhorar as relações com anunciantes, que não gostariam de ver suas marcas associadas a vídeos violentos, com opiniões fortes ou outros assuntos que julgarem desagradáveis.

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Vídeos que se encaixem em tais categorias, então, têm sua monetização reduzida, passando a exibirem anúncios somente dos patrocinadores que aceitarem terem seus nomes vinculados a tais temas. A maioria, é claro, não concorda e o resultado é uma redução significativa nos ganhos de criadores relacionados a temas LGBTQ, como é o caso de Ross, política, direitos humanos e jogos de videogame.

Fonte: The Daily Dot