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WhatsApp estaria abrigando grupos de compartilhamento de pedofilia

Por| 21 de Dezembro de 2018 às 10h48

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WhatsApp estaria abrigando grupos de compartilhamento de pedofilia
WhatsApp estaria abrigando grupos de compartilhamento de pedofilia
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A criptografia de ponta a ponta do WhatsApp pode servir como uma garantia de privacidade e não violação de dados, mas também está servindo de abrigo para grupos de compartilhamento de pornografia infantil. A conclusão foi publicada pelo site Techcrunch a partir de relatórios de ONGs de combate à pedofilia e investigações próprias, feitas a partir de aplicativos que fazem a busca por grupos de discussão.

Tais espaços foram descobertos a partir de uma seção de conteúdo adulto de apps desse tipo, com muitos nem mesmo escondendo a natureza do material que é compartilhado ali, algo que, por si só, já deveria servir para que os responsáveis fossem detectados pelos sistemas de moderação automática. Não é o caso, entretanto, e grupos reunindo centenas de pessoas permanecem ativos e funcionando, com o compartilhamento de material próprio dos usuários e também produzido por terceiros, em flagrantes violações de leis de combate à pedofilia e à exploração sexual.

Para a imprensa internacional, mesmo que os sistemas automatizados fossem incapazes de localizar tais grupos, uma busca simples daria conta do recado e é de responsabilidade dos moderadores da plataforma realizarem esse tipo de trabalho. Entretanto, a massa de 1,5 bilhão de usuários do aplicativo em todo mundo é muito maior do que o time de análise de conteúdo, uma pequena parte do total de 300 funcionários do WhatsApp que, apesar de pertencer ao Facebook, permanece operando de forma semi-independente.

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As ONGs Netivei Reshe e Screen Savers permaneceram monitorando os 10 grupos mais movimentados da rede ao longo de 20 dias. Durante o período, nada menos do que 1.500 imagens ou vídeos de pornografia infantil foram compartilhados pelos usuários, em uma prova de que seus operadores não apenas agem livremente, mas também fazem isso tranquilamente, sabendo estarem fora do alcance da moderação do mensageiro e, por consequência, também das forças da lei.

De acordo com a reportagem, antes de exporem as informações ao público, as ONGs tentaram contato com Jordana Cutler, diretora de políticas do Facebook, solicitando reuniões para apresentação dos achados. Após receber comprovações por e-mail, entretanto, a executiva não quis marcar o encontro, pedindo que os pesquisadores entrassem em contato com as autoridades.

A descoberta pode causar problemas adicionais para o WhatsApp, que vão além das próprias acusações. Tanto as ONGs responsáveis pelos estudos quanto o próprio TechCrunch entraram em contato com a Apple para saber se a empresa removeria o aplicativo da App Store pelo mesmo motivo que, recentemente, abateu o Tumblr. A empresa não respondeu aos questionamentos, assim como a Google, que também não falou sobre o assunto.

Quem falou, entretanto, foi o próprio Facebook, mas somente em resposta à reportagem do site TechCrunch. Um porta-voz da rede social afirmou estar investigando os grupos citados na matéria e trabalhando ao lado das autoridades para chegar aos responsáveis. Enquanto isso, falando também à imprensa, o WhatsApp disse que o compartilhamento de pornografia, desde que o conteúdo seja de adultos, é permitido no aplicativo. A empresa afirmou que, ao longo dos últimos 10 dias, baniu 130 mil contas relacionadas a grupos de pedofilia, negando ter dificuldades na moderação desse conteúdo e reforçando uma política de tolerância zero quanto a isso.

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Fonte: TechCrunch