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Bilionário e pai biológico de 100 filhos | Quem é Pavel Durov, dono do Telegram

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Divulgação/TechCrunch
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Pavel Durov, cofundador e CEO do Telegram, é uma figura intrigante no mundo da tecnologia, com uma fortuna estimada em US$ 15,5 bilhões, conforme divulgado pela Forbes em 2021. Nascido em 10 de outubro de 1984 em São Petersburgo, na Rússia, e é pai biológico de pelo menos 100 crianças. Neste mês, ele foi preso na França em uma investigação relacionada à ausência de moderação no Telegram (leia detalhes abaixo). 

Durov é frequentemente comparado a Mark Zuckerberg, pois ambos eram estudantes universitários quando fundaram suas redes sociais de sucesso. Em 2006, ele criou o VKontakte (VK) que rapidamente se tornou a maior rede social da Europa.

A trajetória de Durov na VK, no entanto, foi marcada por conflitos com o governo russo. Em 2010, ele enfrentou pressões para fornecer dados de ucranianos que se opunham ao regime de Viktor Ianukovytch, aliado da Rússia.

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Durov se recusou a cooperar e, a partir desse momento, tornou-se um alvo do governo. Para evitar retaliações, decidiu deixar sua terra natal e adotou um estilo de vida nômade, o que o levou eventualmente a se estabelecer em Dubai, nos Emirados Árabes.

Após a venda de 12% da VK por aproximadamente US$ 300 milhões, Durov passou a desenvolver o Telegram. Em uma entrevista ao TechCrunch em 2015, ele declarou que a venda foi uma decisão acertada, pois o mercado “quebrou” logo após a negociação, fazendo com que a VK perdesse valor significativo.

Como o Telegram surgiu

A ideia de criar um mensageiro surgiu em 2011, em um momento tenso, quando forças especiais da polícia russa ameaçaram invadir seu apartamento em São Petersburgo. Durov temia perder o contato com seu irmão mais velho, Nikolai, caso fosse apreendido. Esse evento marcante plantou a semente que levaria à criação do Telegram, oficialmente lançado em agosto de 2013, com Nikolai como cofundador.

O Telegram destacou-se no mercado de mensagens instantâneas por seu forte compromisso com a privacidade. Durov reconheceu que essa prioridade gera desafios, pois o aplicativo tem sido associado a atividades criminosas, como venda de armas ilegais e drogas.

No entanto, ele defende que a maior prioridade do mensageiro é a privacidade dos usuários. Em uma conversa com a CNN em 2016, Durov afirmou: "Você não pode torná-lo seguro contra criminosos e aberto para os governos. É seguro ou não é seguro."

No Brasil, o aplicativo se tornou popular em 2015, quando o WhatsApp foi bloqueado pela justiça. Na ocasião, o programa ganhou mais de 1 milhão de usuários brasileiros em poucas horas. Depois disso, a plataforma não parou de crescer por aqui. Segundo a pesquisa Panorama Mobile Time, produzida pela Opinion Box, a aplicação alcançou 60% dos celulares brasileiros no início de 2022.

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Atualmente, o Telegram conta com mais de 700 milhões de usuários ativos mensais em todo o mundo, consolidando-se como um dos aplicativos de mensagens mais populares. A plataforma, que é gratuita, compete diretamente com aplicativos como o WhatsApp, da Meta.

Vida pessoal

Pavel Durov leva uma vida pessoal que reflete sua natureza enigmática e seu compromisso com a privacidade. Pai de cinco filhos, frutos de relacionamentos com duas ex-namoradas, ele surpreendeu ao afirmar ter doado esperma que resultou no nascimento de mais de 100 crianças ao longo dos últimos 15 anos. Essa decisão, segundo Durov, foi motivada pelo desejo de ajudar famílias a se tornarem pais.

Apesar de sua notoriedade como empreendedor, Durov mantém sua vida pessoal em grande parte fora dos holofotes, evitando a exposição pública. Seu estilo de vida nômade, que inclui longas estadias em vários países, especialmente Dubai, reflete sua busca por liberdade e autonomia.

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No entanto, sua situação se complicou em agosto de 2024, quando foi preso na França em uma investigação relacionada à ausência de moderação no Telegram. As autoridades alegam que, devido a essa falta de controle, Durov seria cúmplice de ações ilegais mediadas pelo aplicativo, como tráfico de drogas, crimes contra crianças e fraudes.

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