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Mark Zuckerberg diz que melhorar o Facebook é sua principal meta em 2018

Por| 04 de Janeiro de 2018 às 19h20

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Mark Zuckerberg diz que melhorar o Facebook é sua principal meta em 2018
Mark Zuckerberg diz que melhorar o Facebook é sua principal meta em 2018
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Quando um novo ano tem início, é comum criarem-se metas. Para Mark Zuckerberg, esse tipo de prática não é diferente. O criador do Facebook possui o hábito de criar desafios pessoais desde 2009, focando em diversas atividades diferentes, como ler uma grande quantidade de livros, aprender um novo idioma ou visitar todos os estados de um país. Porém, para 2018, sua resolução tem um cunho um pouco mais profissional: tornar o Facebook uma plataforma melhor.

Através de sua conta pessoal no próprio Facebook, Zuckerberg revelou hoje (4) que ainda há muito trabalho a ser feito em sua rede social, especialmente no que diz respeito a proteção da comunidade contra assédios e discursos de ódio, interferência eleitoral ou ainda torná-la um ambiente significativo e relevante para seus usuários.

Com as recentes ferramentas de proteção implementadas e o pedido de desculpas anunciado pelo vice-presidente no fim de dezembro, o Facebook cada vez mais demonstra que é necessário abraçar uma nova atitude sistêmica, e ninguém melhor do que Zuckerberg para assumir a empreitada, a fim de elevar a qualidade da plataforma e assumi-la de vez como distribuidora central de informações.

Contudo, Zuckerberg afirma que não irá adotar medidas drásticas de imediato. Não seria possível prevenir todos os erros e abusos existentes de uma hora pra outra, afinal. Mas os erros cometidos são muitos, e o criador da rede social assume isso, ao associar as falhas cometidas às atuais políticas de prevenção e o uso indevido das ferramentas disponíveis – o que significa que, embora as intenções sejam boas, na prática a abordagem de casos de material sensível precisa de melhores diretrizes. “Se tivermos sucesso este ano, iremos terminar 2018 com uma trajetória muito melhor”, comenta o CEO em sua publicação.

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A atual tecnologia centralizada o poder

Para o seu novo desafio pessoal, o criador do Facebook ainda pretende reunir grupos de especialistas de história, civismo, filosofia política, mídia, governo e tecnologia, para que lhe ajudem a entender melhor estes tópicos hoje em dia e assim, decidir quais providências tomar em sua abordagem, além de, é claro, aprender mais sobre estes tópicos.

O discurso de Zuckerberg também abrange o poder que a tecnologia alcançou nos últimos anos e como ela é utilizada pelas grandes empresas e pelo governo atualmente, salientando que a ideologia original se perdeu conforme o tempo e, hoje, a promessa de que o povo poderia usufruir deste poder, está desacreditada. “Muitos de nós se envolveram com tecnologia porque acreditávamos que isto poderia ser uma força descentralizadora, que coloca mais poder nas mãos das pessoas (...). Muitas pessoas agora acreditam que a tecnologia apenas centraliza o poder ao invés de descentralizá-lo”, afirma.

Por fim, Zuckerberg ainda comenta sobre a criptografia e a criptomoeda, duas “contra-tendências” importantes que, embora difíceis de prever e controlar, possuem o potencial de devolver o poder para a mão das pessoas e, portanto, lhe despertam interesse: “Estou interessado em me aprofundar e estudar os aspectos positivos e negativos destas tecnologias e qual seria o melhor uso delas em nossos serviços”.

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É difícil antecipar até onde todas estas possibilidades irão levar o Facebook, ou ainda o quanto a rede se transformará (isto se algo mudar) ao longo do trajeto sob a resolução pessoal e o desenho de auto-aperfeiçoamento de Zuckerberg. Todavia, seus pensamentos são claros no que diz respeito às preocupações com a comunidade e o ambiente, e esta deverá ser a base para o que quer que esteja por vir.

Fonte: Facebook, The Verge