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FBI prende homem acusado de usar drone para jogar explosivos na casa de sua ex

Por| 18 de Setembro de 2019 às 15h05

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Existe “discutir a relação”, existe "terminar uma relação" e existe “terminar uma relação com Jason Muzzicato”: o mecânico automotivo residente de Washington Township, no estado norte-americano da Pensilvânia, foi preso pelo FBI e outras autoridades federais, acusado de usar um drone para dispensar cargas explosivas na casa de sua ex-namorada.

Segundo os promotores, buscas realizadas na mecânica e na casa do acusado encontraram 10 armas de fogo — diversas pistolas automáticas e fuzis AR-15, além de sete explosivos caseiros. A posse do material por parte do acusado o colocou em violação de leis devido à uma ordem de restrição imposta contra ele no ano de 2017, após episódio de violência doméstica.

O drone encontrado — um modelo Phantom 3, da DJI — também não possuía nenhum registro junto à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês), o órgão dos EUA que controla aparatos com capacidade de vôo, desde drones pequenos até aviões intercontinentais.

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Segundo os jornais locais, o promotor assistente John Gallagher argumentou que Muzzicato teria sido o responsável por “largar” explosivos na residência da ex e, por isso, deveria permanecer sob custódia. O promotor adjunto, William McSwain, disse que “não é preciso de muita imaginação para perceber o enorme dano que poderia se resultar dessa combinação de armas de fogo ilegais, explosivos e drones”.

Muzzicato escapou da acusação de deflagrar os explosivos, haja vista que, segundo sua equipe de defesa, não houve qualquer detonação. Os advogados do acusado argumentam ainda que não há evidências que conectem seu cliente ao episódio. “Não há qualquer prova conclusiva, e quando meu cliente foi interrogado pelo FBI, ele negou as acusações”, disse o advogado John Waldron, que ressaltou que o FBI está analisando dados de GPS do smartphone do acusado para determinar a trajetória percorrida pelo drone em questão.

A situação não parece favorável ao acusado, porém: segundo uma entrevista dada à TV local por Charles Carcione, um morador da cidade, explosões foram ouvidas e ele relatou que “pregos” vieram “do céu”. “Um desses dias, eu estava...fazendo algumas coisas na porta da frente de casa. Do nada, eu os ouvi. Estava chovendo pregos. Eles vieram do céu. Caíram do céu. Não tinha ninguém por perto, ninguém passou pela área e jogou [os pregos]. Eles caíram do céu”.

Carcione foi perguntado se conhecia Muzzicato, ao que ele respondeu afirmativamente e complementou, dizendo que sempre suspeitou do mecânico.

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Os registros da côrte judicial mostram que, durante a busca nas propriedades de Muzzicato, também foram encontrados switchers, painéis e botões que, teoricamente, serviriam para controlar máquinas que “pegam e largam” artefatos como bolas de chumbo, pregos e removedores de tinta — todos com potencial para serem usados na prática de atos de vandalismo ou de dado a pessoas.

Se as acusações se confirmarem, Muzzicato pode ser sentenciado a até 33 anos de prisão e multa de US$ 760 mil (pouco mais de R$ 3,15 milhões).

Fonte: Morning Call, Lehigh Valley Live, WTAP News