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Donald Trump acusa Google de manipular resultados de busca com o seu nome

Por| 28 de Agosto de 2018 às 10h51

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Donald Trump acusa Google de manipular resultados de busca com o seu nome
Donald Trump acusa Google de manipular resultados de busca com o seu nome

Donald Trump, polêmico em suas declarações como sempre, acusa a Google de manipular resultados de busca contra ele. Segundo uma série de tweets publicados pelo presidente dos Estados Unidos na manhã desta terça-feira (28), ao pesquisar “Trump News” no mecanismo de busca, o chefe estatal diz ver somente “reportagens da mídia fake news”, ao se referir a links vindos de sites como CNN e do jornal Washington Post. Trump ainda foi além, dizendo que a mídia conservadora é “barrada”, provavelmente referindo-se à Fox News e outros canais de apoio ao Partido Republicano.

“Resultados de busca do Google para ‘Trump News’ mostram apenas a visão/reportagem da Nova Mídia Fake. Em outras palavras, eles os manipulam, contra mim e contra outros, para que quase todos os artigos sejam ruins. A fake CNN é proeminente. Mídia justa, republicana e conservadora é barrada. Isso não é ilegal?”, questionou o presidente em publicação no Twitter.

Trump continuou, oferecendo supostos números (sem citar fontes) que corroboram, segundo ele, com tal manipulação: “96% dos resultados de ‘Trump News’ são da mídia esquerdista nacional, muito perigoso. Google e outros estão suprimindo vozes conservadoras e escondendo informações e notícias boas. Eles estão controlando o que podemos e não podemos ver. Essa é uma situação muito séria e vai ser respondida!”

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Donald Trump e algumas empresas americanas estão em rota de colisão desde a eleição do megaempresário, em 2016, ao cargo máximo da política estadunidense. O presidente já disse em repetidas ocasiões que planeja aumentar tarifas para corporações tecnológicas e da comunicação, como o Washington Post e a Amazon (a Apple, porém, diz ter promessas do presidente de que não seria afetada por isso, dada a proximidade do CEO Tim Cook com Trump). Não é a primeira vez que a Google é acusada por figuras conservadoras de manipulação de resultados de busca — o senador Ted Cruz já fez isso também —, mas Trump foi o primeiro a prometer retaliação.

Quando o assunto é tentativa de manipulação de informações, porém, o presidente americano já se viu como o receptor dessas mesmas acusações: seu advogado pessoal, Michael Cohen, declarou-se culpado de uma série de acusações de fraude fiscal, falsificação de comprovantes financeiros, doações corporativas ilegais e excesso de doações de campanha. Em algumas dessas acusações, o advogado implicou o presidente como mandante.

Há também a questão de um suposto conluio — como chamam seus acusadores — de Donald Trump e o presidente russo Vladimir Putin. Robert Mueller, um ex-diretor do FBI, lidera investigação que encontrou provas de que pessoas conectadas à campanha e, posteriormente, à presidência de Donald Trump tinham laços com entidades russas que, mais tarde, foram identificadas como responsáveis por ciberataques e disseminação de informações falsas em redes sociais contra a então candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton. Nenhuma evidência conecta o atual presidente dos EUA, porém, aos ataques. Trump nega qualquer ilegalidade no assunto e chama a investigação de “a maior caça às bruxas da história”.

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Google rebate

[Atualizado às 12h54, horário de Brasília] A Google emitiu nota ao portal CNBC defendo-se das acusações do presidente norte-americano, ressaltando que seus algoritmos de resultados das buscas recebem centenas de atualizações de aprimoramento o ano todo e que a empresa não dispõe de agendas políticas ou "lados" na oferta de seus serviços.

"Quando usuários digitam palavras-chave na barra do Google Search, nosso objetivo é entregar-lhes as respostas mais relevantes em segundos", disse um porta-voz da empresa. "A busca não é usada para promover uma agenda política e nós não direcionamos nossos resultados a nenhuma ideologia. Todo ano, nós liberamos centenas de melhorias aos nossos algoritmos para assegurarmos que eles tragam conteúdo de alta qualidade, em resposta a questionamentos dos usuários. Nós continuamente trabalhamos para melhorar o Google Search e nunca vamos rankear resultados para manipular sentimentos políticos".

Fonte: GizmodoCNBC, CNBC (posicionamento da Google)