Após 1 ano de 5G, velocidade da internet móvel no Brasil não melhorou
Por Vinícius Moschen • Editado por Wallace Moté |

Lançada oficialmente no Brasil em julho do ano passado, a tecnologia 5G ainda não foi capaz de entregar uma melhoria consistente de velocidade da internet móvel no país. De acordo com levantamentos do portal Minha Conexão, a performance atual é bastante parecida com a vista há 12 meses.
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Afinal, a média nacional de velocidade das redes móveis foi de 29,56 Mbps, contra 29,65 Mbps no mesmo período do ano passado. Mesmo que não seja o desempenho ideal, ele ainda é considerado satisfatório para navegar em redes sociais e assistir vídeos em alta resolução.
Porém, o último ano mostrou algumas melhorias pontuais, ainda que não de forma constante. Durante o mês de setembro do ano passado, com três meses de implementação do 5G, a velocidade média medida foi de 58,39 Mbps.
Já na média de seis meses entre abril e setembro de 2022 (ou seja, com parte do período precedente à oficialização do 5G), a velocidade aferida foi de 41,49 Mbps — ainda melhor em comparação com os levantamentos mais recentes.
De acordo com informações da Anatel, cerca de 10 milhões de pessoas aproveitam os benefícios do 5G. Contudo, muita gente ainda está de fora por não ter um celular compatível, ou ainda não fazer parte da área coberta pela nova tecnologia.
Nordeste tem internet móvel mais rápida
Dados relacionados a cada região brasileira em específico mostram que o Nordeste tem a conexão móvel mais rápida do país, na média. Por outro lado, o Norte é o que tem as redes mais lentas para download, enquanto o Sudeste traz maiores problemas no upload.
As velocidades aferidas em cada região são as seguintes:
Região | Velocidade de download (Mbps) | Velocidade de Upload (Mbps) | Latência (ms) |
Centro-Oeste | 30,6 | 17,21 | 45 |
Norte | 26,3 | 16,18 | 55 |
Nordeste | 33,45 | 18,07 | 52 |
Sul | 33,1 | 16,26 | 45 |
Sudeste | 29,95 | 14,62 | 50 |
6G é opção para futuro distante
De acordo com o representante do Minha Conexão, Alexandre Martins, o 6G poderá ser um divisor de águas no mundo corporativo. Estima-se que as velocidades de conexão podem chegar a até 1 Tbps, ou seja, mais de 40 vezes superior que a média atual calculada.
Contudo, essa é uma solução a ser pensada a longo prazo, com o início da adoção apenas em 2030. Além disso, estima-se que o 6G pode levar até uma década a mais para chegar em aplicações que explorem completamente o seu potencial.