Por que a IA para escrever textos do LinkedIn não é usada? CEO explica
Por André Lourenti Magalhães • Editado por Bruno De Blasi | •
O LinkedIn tem um assistente de IA para ajudar a escrever textos na plataforma, disponível apenas para assinantes do plano pago Premium em idiomas selecionados. No entanto, a ferramenta é pouco usada por lá — e o CEO da empresa, Ryan Roslansky, explica o motivo.
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Em entrevista ao portal Bloomberg, Roslansky comentou que a barreira na rede social é “muito alta”, então as pessoas têm receio de compartilhar muitas coisas por causa de quem pode ver o conteúdo (executivos, recrutadores e por aí vai).
Além disso, publicar um texto que deixa muito evidente o uso de IA pode gerar críticas e o risco desse feedback negativo seria maior no LinkedIn do que em outras plataformas.
“Muitas vezes, quando algo parece ser muito óbvio que foi criado com IA na plataforma, o restante da comunidade vai te criticar. Se você for criticado no X ou no TikTok, isso é uma coisa. Mas quando você é criticado no LinkedIn, isso realmente impacta sua capacidade de criar oportunidades econômicas para si mesmo”, explicou o CEO.
O executivo destacou que posts com IA são acompanhados de uma tendência para dar um toque mais humano e autêntico ao resultado final.
Escalada nos cargos com IA
Ryan Roslansky mencionou a mudança causada pela inteligência artificial na oferta de vagas de emprego. Segundo o executivo, o LinkedIn registrou um aumento seis vezes maior nas oportunidades que exigem domínio de requisitos com IA, enquanto a base de usuários que adicionaram habilidades no tema aumentou em 20 vezes.
O CEO reforçou que a tecnologia pode ajudar a melhorar o perfil das pessoas e evidenciar os pontos positivos do currículo de cada um, mas “habilidades humanas” como comunicação e colaboração ainda são um diferencial no mercado de trabalho.
“Você não pode dizer [que a IA] não é uma coisa. Você tem que entrar nisso e se adaptar”, adicionou.
Por fim, Roslansky acredita que os agentes de IA da rede social são úteis para encontrar pessoas que se adaptem a diferentes vagas, mas a etapa de entrar em contato com um candidato e convencê-lo a aceitar o trabalho ainda é bem melhor quando feita por humanos.
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Fonte: Bloomberg