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Fãs criam movimento #SwiftiesAgainstAI — mas cantora e Google mantêm silêncio

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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sjdavidl/wikimedia commons/X
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A hashtag #SwiftiesAgainstAI tomou conta do universo de fãs de Taylor Swift. O motivo: a campanha promocional do novo álbum The Life of a Showgirl, feita em parceria com o Google, despertou suspeitas de que os vídeos liberados contêm elementos gerados por inteligência artificial, e muitos fãs exigem respostas. Até agora, porém, tanto a cantora quanto o Google permanecem em silêncio.

A ação promocional funcionava como uma espécie de caça ao tesouro global: 12 portas laranja foram espalhadas por 12 cidades diferentes, de Nova York a Paris, cada uma com um QR code que liberava vídeos secretos. Os fãs precisavam assistir aos clipes e juntar pistas até desbloquear o lyric video de The Fate of Ophelia, faixa principal do novo álbum.

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Mas o que começou como uma brincadeira virou uma investigação coletiva. Swifties começaram a analisar frame por frame os vídeos e apontaram erros visuais típicos de conteúdos gerados por IA: a mão de um bartender atravessando um guardanapo, um cabide desaparecendo, um carrossel com dois cavalos na mesma base, sombras incoerentes e textos embaralhados nas paredes e objetos.

#SwiftiesAgainstAI

As postagens com prints e vídeos rapidamente se espalharam pelo X e pelo TikTok, acompanhadas da hashtag #SwiftiesAgainstAI. Fãs usaram os próprios easter eggs da campanha para mostrar onde acreditam que a IA “falhou”:

"Tudo indica que é IA. Quem mudaria a fonte do sinal entre dois frames? Um artista de CGI sabe como um espelho funciona, a IA não. A mão da estátua está se transformando diante de nossos olhos", lamenta uma fã, no X.

"Grande fã dela, mas não sou muito fã de vídeos gerados artificialmente. Espero que isso se resolva", escreveu outro.

Em comunidades de fãs no Reddit, usuários também analisaram os vídeos quadro a quadro, afirmando que os “glitches” e distorções em objetos e proporções seriam indícios de modelos de difusão, semelhantes aos usados por ferramentas como Sora ou Veo, da própria Google.

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O papel do Google e o possível uso do Gemini

Especialistas e fãs especulam que os vídeos possam ter sido gerados ou aprimorados com ferramentas de IA da empresa, como o modelo Gemini ou o sistema de criação de vídeos Veo 3, capaz de transformar imagens estáticas em curtas animados.

Se confirmada, a utilização de IA em uma campanha vinculada à cantora levantaria contradições importantes. Taylor Swift sempre se posicionou contra a manipulação digital de sua imagem e já criticou publicamente o uso de deepfakes e outras práticas de IA generativa na arte e na política.

Enquanto o debate cresce, Taylor Swift e o Google mantêm um silêncio absoluto. Nenhum representante da cantora ou da empresa se pronunciou oficialmente sobre o assunto.

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Fonte: Wired