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Escolas de SP vão usar material didático criado com o ChatGPT

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Viralyft/Unsplash
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O governo do estado de São Paulo vai usar o ChatGPT para criar material didático para aulas digitais de escolas públicas paulistas, com os professores ficando responsáveis apenas pela revisão do conteúdo. A informação foi revelada por uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo e confirmada pelo Canaltech.

Segundo documento da Secretaria de Educação de São Paulo (Seduc-SP) obtido pela publicação, o ChatGPT fica responsável por criar “a primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria”, enquanto os professores ficam responsáveis por “avaliar a aula gerada e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos”.

Após a revisão dos profissionais humanos, o material será enviado a uma equipe interna da secretaria, responsável por revisar elementos como formatação e adequação linguística do conteúdo.

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Até então, todo o material didático usado pela rede pública de ensino de São Paulo era criado por educadores humanos — esses profissionais são chamados de "curriculistas".

Segundo a Folha, a adoção do ChatGPT para criar conteúdo didático é ideia do secretário de educação do estado, o empresário do ramo da educação Renato Feder.

Secretaria confirma uso do ChatGPT

Em nota enviada ao Canaltech, a Seduc-SP confirmou os planos de adotar o ChatGPT para criar aulas digitais do terceiro bimestre para alunos do 6º ao 9º ano e do ensino médio.

Segundo a pasta, trata-se de um projeto-piloto de um "processo de atualização e aprimoramento" das aulas de parte dos alunos da rede pública de ensino. "Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação", diz o comunicado.

O CT questionou a secretaria sobre qual versão do ChatGPT seria usada para criar conteúdos didáticos (se a versão gratuita ou o ChatGPT Plus), mas não obteve resposta.

Segue a nota da Seduc-SP na íntegra:

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A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) planeja implementar um projeto-piloto para incluir a Inteligência Artificial (IA) como uma das etapas do processo de atualização e aprimoramento de aulas do terceiro bimestre dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.

Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula.

Na sequência, esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023.

Atualmente, a Seduc-SP conta com um time de cerca de 90 professores curriculistas.

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Fonte: Folha de S.Paulo