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Currículo gerado por IA aumenta a chance de contratação, aponta estudo

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 01 de Março de 2023 às 14h20

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Envato/Rawpixel
Envato/Rawpixel

Usar ferramentas com inteligência artificial para elaborar currículos e cartas de apresentação aumentam as chances de conseguir uma vaga de emprego, descobriu um recente levantamento feito pela organização sem fins lucrativos National Bureau of Economic Research, dos EUA. A pesquisa descobriu que, entre 500 mil candidatos para trabalhos, quem utilizou recursos auxiliares de escrita tinha 8% mais chance de sere contratado.

Segundo uma das autoras do estudo, Emma van Inwegen, o critério de decisão entre duas pessoas com as mesmas qualificações pode ser a qualidade da escrita do currículo. O refinamento da apresentação da história pessoal é importante para empregadores.

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Os autores do levantamento acreditam que ferramentas auxiliares de escrita com inteligência artificial são assistentes interessantes para essa tarefa. Os estudiosos não mencionam utilitários específicos, mas devem se referir a corretores automáticos e até chatbots, como o ChatGPT.

“Ao contrário das preocupações de que a assistência está tirando um sinal valioso, não encontramos evidências de que os empregadores estivessem menos satisfeitos”, indica a pesquisa.

Descoberta tem data de validade

Uma vez que as ferramentas de correção automática e geração de texto se tornam mais populares, recrutadores deve se tornar mais atentos aos sinais de auxílio de IA no conteúdo. Se isso for algo que desagrade o empregador, encontrar indícios de revisão por computador pode reduzir as chances do candidato.

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Sendo assim, a maior chance de ser contratado por ter um currículo gerado por IA, além de pequena, não é garantida. “Se todos começarem a usar o ChatGPT em suas cartas de apresentação, em seus currículos, se você for um empregador olhando currículos, não poderá mais usar a qualidade da escrita para tentar entender algo sobre o candidato”, pontuou van Inwegen.

Porém, é só questão de tempo até todas as ferramentas de IA estarem presentes nos editores de texto mais populares (Google Docs, Microsoft Word e LibreOffice, por exemplo). Assim, é possível sugerir que quase todos os currículos terão algum tipo de “capricho" adicionado por inteligência artificial.

“O currículo de todos terá passado por algum tipo de revisor algorítmico e, portanto, tem o potencial de homogeneizar a escrita em cartas de apresentação e currículos, para o bem ou para o mal”, aposta van Inwegen.

Critérios de escolha devem mudar

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Uma vez que a maioria dos candidatos apele para IA para compor seus currículos, é possível que o cenário seja revertido: os melhores escritores, aqueles que desenvolveram textos mais criativos, subversivos ou refinados, podem chamar mais a atenção do empregador.

No final, é a vida dos recrutadores que fica mais difícil: será necessário entender como um texto de IA tende a ficar e como distinguir isso da escrita humana para continuar se apoiando na qualidade de escrita como critério de escolha ou, em candidaturas mais restritas, apelar para conversas em tempo real, seja com voz ou vídeo.

Fonte: Business Insider