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Cópias do DeepNude estão circulando online mesmo após fim do aplicativo

Por| 04 de Julho de 2019 às 12h13

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(Imagem: Reprodução/TheVerge)
(Imagem: Reprodução/TheVerge)

O DeepNude, app que utiliza algoritmos de inteligência artificial para criar falsos nudes de mulheres a partir de uma foto simples delas, mesmo vestidas, segue disponível online em repositórios de download dos mais variados. O app causou controvérsia em junho após uma reportagem do Motherboard, fazendo com que seu criador, conhecido apenas por “Alberto”, encerrasse desligasse os servidores e encerrasse as atividades.

O criador do software disse tê-lo feito com amigos para “fins de entretenimento próprio” e ressaltou que o app tem falhas e “nem é tão bom assim”. Além disso, ele justificou o fim do app porque “a chance de se fazer mau uso dele é alta demais”, implicando que o DeepNude poderia ser utilizado para abusar e assediar mulheres na internet.

O comunicado causou revolta nos seguidores de “Alberto”, que começaram, ali mesmo, a dizer que tinham o aplicativo baixado — o DeepNude tinha uma versão gratuita e uma paga — e que iriam disponibilizar links para download via repositórios de arquivos. Evidentemente, este foi o caso, com sites como The Verge e o próprio Motherboard relatando terem encontrado os arquivos do app em várias fontes, como fóruns de discussão, Reddit, 4Chan, além de grupos no Telegram, descrições de vídeos no YouTube e até mesmo no GitHub.

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O Motherboard em si relata que um canal no Discord estava vendendo o DeepNude por US$ 20 (pouco mais de R$ 76), com seus “gestores” alegando terem aprimorado a estabilidade do aplicativo (ele tinha tendências de cair sem aviso) e removido a função que adicionava marcas d’água às fotos falsas. O recurso presente na versão original estava implementado supostamente para evitar o mau uso do software.

“Estamos felizes em anunciar que temos uma versão completa e limpa do DeepNude V2 e ‘crackeamos’ o software, fazendo ajustes e aprimorando o programa”, diziam os vendedores no Discord. O canal, felizmente, está descontinuado.

No GitHub, os responsáveis pelo post que levava ao download do software diziam estarem “indignados que as pessoas estavam tentando censurar o conhecimento”, além de terem postado links da cobertura internacional sobre o aplicativo, fazendo piadas e rejeitando a noção de que ele poderia ser usado para fazer mal às mulheres.

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É válido ressaltar que, por boa parte das ofertas consistirem em versões modificadas do aplicativo original, é muito provável elas ofereçam risco de segurança com malwares e outras pragas virtuais vindo no "pacote".

Fonte: The Verge