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Novos datacenters serão abertos na China para impulsionar IA no país

Por  • Editado por Bruno De Blasi |  • 

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Divulgação/AMD
Divulgação/AMD

Xangai planeja instalar pelo menos cinco novos data centers de grande escala até o fim de 2025. Segundo o jornal South China Morning Post, as autoridades locais pretendem atender à crescente demanda por poder computacional e fortalecer sua infraestrutura digital na corrida pelo desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial.

Atualmente, o país está atrás apenas dos Estados Unidos em capacidade computacional. O plano mais recente busca elevar a carga de computação em IA na maior cidade chinesa para mais de 100 exaflops — unidade que mede a velocidade de processamento de dados.

Em junho de 2024, a China já havia atingido 246 exaflops. Para efeito de comparação, operar 100 exaflops pode exigir uma quantidade de energia equivalente à consumida por toda a cidade de Brasília em funcionamento contínuo.

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O investimento em novos centros de dados ganhou força após o sucesso do modelo de alto desempenho e código aberto DeepSeek-R1, lançado no início do ano. Desde então, o país vive uma onda de construções de data centers em diversas regiões, conforme relatório da Moody’s Ratings, agência global de classificação de risco de crédito.

Além do DeepSeek, a China conta com outros modelos de IA, como Qwen, Doubao (da ByteDance), Hunyuan (da Tencent) e Ernie (da Baidu). No entanto, foi o primeiro que realmente enfrentou as ferramentas norte-americanas e chegou a impactar o mercado de ações com seu lançamento em janeiro de 2025.

China lidera mercado de data centers na Ásia-Pacífico

Com os novos investimentos, a China mantém a liderança como o maior mercado de data centers da região Ásia-Pacífico. A expectativa é de que o setor cresça cerca de 20% ao ano até 2030, impulsionado principalmente pelo apoio político e governamental às empresas locais, segundo a Moody’s Ratings.

As movimentações chinesas também acompanham uma tendência global. Os Estados Unidos lançaram um plano nacional de inteligência artificial que prevê acelerar a concessão de permissões federais para infraestrutura de data centers e reduzir custos, obrigações e exigências regulatórias federais. A iniciativa busca consolidar a liderança americana no mercado de IA e superar a China na corrida por capacidade de armazenamento e processamento de dados.

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