Aeroporto em Londres usará IA para controlar fluxo de aviões; entenda
Por Vinícius Moschen |
O aeroporto de Heathrow, localizado em Londres, passará a usar tecnologias de inteligência artificial (IA) para guiar o fluxo dos aviões. De acordo com os organizadores, o objetivo é fazer com que as decisões se tornem mais rápidas e bem informadas.
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Heathrow tem um movimento de quase 500 mil voos por ano, e aproximadamente 90 voos por hora durante o dia. Com isso, ele se posiciona como o quarto aeroporto mais movimentado do mundo — e com alta necessidade de agilizar decolagens e aterrissagens.
Chamada de Amy, a solução de IA combina informações capturadas por radar, em conjunto com câmeras de resolução 4K. Por isso, ela tem dados em tempo real de todos os aviões, incluindo os números de voo e modelo de aeronave, por exemplo.
Antes de entrar efetivamente em operação, a Amy já fez ensaios prévios associados a cerca de 40 mil voos. Especula-se que uma operação totalmente digital para uma “torre de contingência” esteja preparada no ano de 2027 — neste caso, ela serviria como um sistema secundário para atuar em casos de emergências, sem a necessidade de observação visual das pistas dos aeroportos.
Limitações da IA nos aeroportos
Contudo, as limitações da IA frente à atuação humana em aeroportos ainda se mantêm evidentes. É o que afirmou Colin Rigby, diretor que trabalha na Universidade de Keele.
Segundo ele, o principal problema está relacionado à identificação contextual das informações, que pode ser essencial para a tomada de decisões em momentos cruciais da operação dos aeroportos:
“A IA está treinada para atuar em operações relativamente rotineiras. Contudo, a solução seria realmente necessária para quando as coisas estão fora do habitual, quando estão dando errado.”
Os responsáveis pela implementação da Amy reforçaram que ela é preparada para atuar ao lado de controladores humanos, sem previsão para um funcionamento autônomo inicialmente.
Além de Heathrow, outros aeroportos estudam usar a IA de forma similar, incluindo os de Nova York, Singapura e Hong Kong.