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Sensores feitos de algodão podem ditar a moda inteligente do futuro

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 27 de Setembro de 2022 às 18h11

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Reprodução/Imperial College London
Reprodução/Imperial College London

Pesquisadores do Imperial College London, na Inglaterra, desenvolveram sensores vestíveis maleáveis que podem ser aplicados em roupas e máscaras de proteção faciais. Esses dispositivos são capazes de monitorar atividades corporais, como respiração e frequência cardíaca.

Segundo os cientistas, esses sensores também podem ser utilizados para o monitoramento de exercícios físicos, qualidade do sono e níveis de estresse, além do diagnóstico e acompanhamento de doenças por meio da respiração e dos sinais vitais dos usuários em tempo real.

“A estrutura flexível das roupas mostra que nossos sensores têm uma ampla gama de aplicações. Eles também são relativamente fáceis de produzir, o que significa que podemos escalar a fabricação e implementar uma nova geração de vestíveis em roupas do dia a dia”, explica o doutorando em bioengenharia Fahad Alshabouna, autor principal do estudo.

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PECOTEX

Fabricado a partir de um novo fio condutor feito à base de algodão batizado de PECOTEX, um metro desse material custa apenas US$ 0,15 (aproximadamente R$ 0,80 na cotação atual). Com essa quantidade, é possível integrar mais de 10 sensores em uma roupa comum.

Além do baixo custo de produção e da maleabilidade de seus fios de algodão, o PECOTEX também é totalmente compatível com máquinas de bordar computadorizadas, utilizadas atualmente como equipamento padrão em indústrias têxteis em várias partes do mundo.

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“Com essa tecnologia, conseguimos bordar sensores numa máscara facial para monitorar a respiração, além de uma camiseta capaz de acompanhar atividades físicas e tecidos que detectam gases como amônia, um marcador presente em doenças hepáticas e renais”, acrescenta Alshabouna.

Fio da meada

Superiores aos sensores vestíveis atuais que integram relógios e pulseiras inteligentes, os novos dispositivos desenvolvidos pelos pesquisadores possuem fios condutores de eletricidade que podem ser perfeitamente integrados às roupas, sem serem danificados pelo uso contínuo.

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Além disso, o PECOTEX se mostrou extremamente resistente, podendo ser colocado em uma máquina de lavar sem prejudicar sua condutibilidade. Outra vantagem, é que a base de algodão deixa esses fios menos propensos a quebrar em comparação com fios de prata disponíveis no mercado.

“O PECOTEX possui alto desempenho, é forte e adaptável a diferentes necessidades. Ele também é facilmente escalável, o que significa que podemos fabricar grandes quantidades de forma barata, usando máquinas de bordar profissionais ou domésticas”, encerra Fahad Alshabouna.