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Cientistas criam robô vestível que pode ser "tricotado"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 05 de Maio de 2022 às 09h44

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Reprodução/MIT CSAIL
Reprodução/MIT CSAIL

Pesquisadores do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial (CSAIL) do MIT, nos EUA, desenvolveram vestíveis robóticos macios usando um processo de emaranhamento de fios de tecido, parecido com os sistemas de confecção que utilizam agulhas de tricô para fabricar roupas.

Segundo os cientistas, os dispositivos apelidados de “PneuAct” podem ser projetados em um computador e fabricados de maneira autônoma por uma máquina de tricotagem, bastando apenas que um operador humano especifique os padrões de design a serem seguidos pelo software antes da impressão 3D.

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“O sistema que nós projetamos não é muito diferente dos casacos de tricô feitos por sua avó. A diferença é que a máquina de tricotagem funciona de forma independente, proporcionando a fabricação de peças que podem ser adaptadas conforme a necessidade do usuário”, explica o aluno de doutorado do MIT Yiyue Luo, autor principal do estudo.

PneuAct

A peça têxtil fabricada pela máquina de tricotar permanece fixada em um tubo de borracha para dar forma aos atuadores — que usam fios condutores para detectar e “sentir” — gerando uma resposta háptica ao tocar ou segurar um objeto. Entre os vários protótipos testados pela equipe, estão luvas assistivas, robôs interativos e um quadrúpede pneumático.

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Segundo os pesquisadores, as luvas assistivas podem ser usadas, por exemplo, para complementar o movimento muscular dos dedos, minimizando o esforço para realizar tarefas em pessoas que sofreram algum tipo de lesão ou tiveram a mobilidade reduzida por causa de traumas nas mãos.

“Nosso método de fabricação de vestíveis robóticos também pode aplicado na construção de exoesqueletos controlados por computador para restaurar a locomoção ou movimentos perdidos. Uma prótese de tecido pode ser ajustada, por exemplo, para ajudar usuários a dobrar o cotovelo, o joelho ou outras partes do corpo”, acrescenta Luo.

Sensores responsivos

Os cientistas usaram um sensor resistivo para que o atuador pudesse “sentir” a pressão aplicada. Em uma garra robótica, por exemplo, quando algo é segurado, o sensor consegue perceber a quantidade de força utilizada, fornecendo uma resposta tátil para determinar se o movimento está adequado.

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Outro sensor capacitivo foi usado para que o dispositivo conseguisse identificar algumas informações sobre os materiais com os quais o atuador estava entrando em contato, permitindo uma calibragem mais precisa sobre a força necessária para segurar ou soltar objetos mais delicados.

“Nossa ferramenta de software é rápida, fácil de usar e visualiza com precisão os designs produzidos pelos usuários, permitindo que eles repliquem virtualmente qualquer objeto antes de fabricar uma peça vestível. O próximo passo será explorar como os atuadores reagem, independentemente do formato que são construídos”, encerra Yiyue Luo.

Fonte: MIT CSAIL