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Nova tecnologia vai permitir que celebridades clonem suas próprias vozes

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 18 de Maio de 2021 às 15h15

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Reprodução/Envato
Reprodução/Envato

Se você fosse uma celebridade ou um influenciador digital, toparia emprestar a sua voz para um programa de Inteligência Artificial? A Startup Veritone acha que sim. A empresa criou uma plataforma para que os famosos clonem suas próprias vozes e possam usá-las em comerciais e propagandas mesmo que não estejam muito a fim de entrar em um estúdio de gravação.

A Marvel.AI vai funcionar como um banco de vozes deepfake de atores, atrizes, atletas, cantores e de quem mais quiser fazer parte desse negócio. A ideia é que essas pessoas, que geralmente são muito ocupadas com outras atividades, possam endossar e dar credibilidade aos produtos sem precisar estar fisicamente presentes. Além

“As pessoas querem fazer esses negócios, mas não têm tempo suficiente para entrar em um estúdio e produzir o conteúdo. A voz é um grande ativo para estas pessoas e já faz parte de suas marcas”, afirma o presidente da Veritone, Ryan Steelberg.

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Vozes do além

Com a implantação da plataforma, a Veritone também pretende “ressuscitar” as vozes de celebridades que já morreram. Usando gravações antigas, será possível treinar modelos de Inteligência Artificial para conseguir recuperar os sons do passado.

“Quem quer que tenha os direitos autorais dessas vozes, trabalharemos com eles para trazê-las ao mercado. Isso caberá ao detentor dos direitos e ao que eles acharem mais apropriado”, explica Steelberg.

A empresa acredita que marcas famosas gostariam de ter os seus produtos anunciados por Elvis Presley, Marilyn Monroe ou Kobe Bryant. Para isso, bastaria ter autorização e utilizar os algoritmos adequados para sintetizar as vozes da forma mais realista possível, como se fossem clones das originais.

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Quem vai querer

Os usuários da plataforma poderão ter acesso ao banco de vozes de duas formas. Na primeira, qualquer pessoa pode escolher a voz desejada em um catálogo digital e criar as próprias falas sob demanda.

Na segunda, os clientes mandam os dados para treinar o algoritmo, a Veritone cria um clone para cada voz e disponibiliza os arquivos de áudio quando esse cliente precisar usar a sua própria voz onde e como quiser.

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“A Marvel.AI também funcionará como um mercado virtual para aquisição de vozes, permitindo que os compradores em potencial enviem solicitações para usar esse material em podcasts ou campanhas publicitárias, por exemplo”, afirma Steelberg.

Vai colar?

Muita gente acredita que seu ator preferido realmente usa aquele creme hidratante, ou adora o sabor de um cereal matinal apenas porque a celebridade endossa isso durante os comerciais. Com a possibilidade de que essa voz talvez não seja real e não tenha saído da boca do dono, o poder de persuasão certamente pode ficar abalado.

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Pensando nessa possibilidade, a Veritone pretende criar uma marca, uma espécie de som padrão, que seria tocado antes da reprodução da fala sintética, permitindo que o ouvinte soubesse que aquela voz não é real.

“Não se trata apenas de evitar as conotações negativas de enganar o consumidor, mas também querer que eles tenham certeza de que esta ou aquela celebridade realmente aprovou este conteúdo sintético”, completa Steelberg.

Neste momento em que os deepfakes se tornam cada vez mais reais e comuns, a maior preocupação é com uso indevido de imagens e agora também de vozes. Nada impede que pessoas mal intencionadas utilizem essa artimanha para aplicar golpes ou simplesmente para constranger os donos que terão que provar que não são eles mesmos.

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Fonte: The Verge