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Nova bateria de sódio tem capacidade 4x maior que células de íons de lítio

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Dezembro de 2022 às 11h20

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Reprodução/WSU
Reprodução/WSU

Pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, desenvolveram uma nova bateria que promete ser mais barata e com uma capacidade de armazenamento quatro vezes maior, em comparação com as células de íons de lítio disponíveis atualmente no mercado.

Segundo os cientistas envolvidos no projeto, esse novo tipo de bateria de baixo custo pode ajudar a resolver o problema de armazenamento de eletricidade renovável, proporcionando uma maneira mais eficiente de conservar energia solar ou eólica quando o Sol não está brilhando ou o vento não está soprando.

“Muitas usinas de energia renovável mais recentes estão sendo combinadas com grandes bancos de baterias de íons de lítio, mas esse material ainda é caro e a mineração dele é muito ruim para o meio ambiente”, explica o pesquisador Shenlong Zhao, autor principal do estudo.

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Baterias de sódio

As baterias de sódio-enxofre são uma alternativa promissora para o armazenamento de energia renovável. Eles dependem de reações químicas entre um cátodo de enxofre e um ânodo de sódio para conservar e distribuir eletricidade, usando materiais de baixo custo que podem ser facilmente extraídos de fontes de água salgada.

Anteriormente, essas células de sódio-enxofre tinham uma capacidade limitada de armazenamento, além de um ciclo de vida útil muito curto. Com essa nova técnica, os pesquisadores conseguiram ampliar esses fatores, tornando essas baterias economicamente viáveis.

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“Nosso dispositivo tem quatro vezes a capacidade de armazenamento de uma bateria de íons de lítio comum e uma vida útil ultralonga. Após mais de mil ciclos de carga e descarga, nossa célula ainda retém cerca da metade de sua capacidade original”, acrescenta Zhao.

Novo conceito

Segundo os cientistas, esse salto só foi possível graças à incorporação de eletrodos feitos à base de carbono puro e também ao uso de um processo conhecido como pirolise, capaz de melhorar significativamente a reatividade do enxofre e suas reações com as moléculas de sódio.

Até agora, os pesquisadores testaram apenas versões menores dessa bateria de sódio-enxofre em ambientes controlados de laboratório. A ideia é aplicar esse novo conceito de fabricação no mundo real, expandindo a produção e a comercialização dessa tecnologia no futuro.

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“Quanto mais cedo aumentarmos nosso uso de energias renováveis ​​e implantarmos mais dessas baterias inovadoras, maiores serão nossas chances de evitar os piores efeitos que acompanham as mudanças climáticas do planeta Terra”, encerra o professor Shenlong Zhao.

Fonte: Sydney University