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Engenheiro do Facebook inventa nova unidade de tempo chamada Flick

Por| 24 de Janeiro de 2018 às 16h58

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Embora já existam unidades de tempos muito bem definidas, não é de hoje que as medidas sofrem tentativas de serem quebradas. O tique-taque do relógio por si só é apenas uma entre as tantas brechas que instigam pesquisadores a fracionar o tempo. Isto quando não existem outras necessidades em jogo.

A exemplo disto, está a nova unidade de tempo intitulada de Flick (uma derivação do nome “frame-tick”), que se trata da passagem de um quadro do tique do relógio, por assim dizer – especificamente 1/705,600,000 de um segundo.

A medida foi projetada para ajudar a medir a duração de uma taxa de quadro individual em um vídeo – o que significa que se a reprodução é de 24hz, 25hz, 30hz, 48hz, 50hz, 60hz, 90hz, 100hz, ou 120hz, será possível utilizar o Flick para garantir que tudo esteja em sincronia em meio aos números inteiros, ao invés dos decimais.

Em outras palavras, o Flick pode ter um papel fundamental entre os desenvolvedores que desejam manter os efeitos de um vídeo em sincronia.

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Criado por Christopher Horvath, o Flick já havia sido previamente divulgado por ele no Facebook no começo de 2017, e ao longo do tempo, algumas modificações foram feitas na nova medida com base no feedback que ele recebeu nos comentários de sua publicação.

Programadores já utilizam ferramentas incorporadas à linguagem de programação C++ para gerenciar a sincronização de quadros exatos, em especial quando se trata de gerar efeitos visuais (CGI) para filmes, televisão e outros meios de comunicação. Todavia, o tempo mais exato possível em C++ é o nanossegundo, que não se divide uniformemente na maioria das taxas de quadros.

Assim sendo, o Flick oferece aos programadores uma maneira de medir o tempo entre as taxas de quadro sem usar frações, além de reduzir erros tais como engasgadas nos gráficos dos efeitos visuais.

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Para Matt Hammond, principal engenheiro de pesquisa da BBC Research and Development, quando os números utilizados não são inteiros, erros podem comumente se infiltrar nos cálculos da máquina, e quando se acumulam com o passar do tempo, eventualmente fazem com as imprecisões se tornem visíveis.

Em contrapartida, um pesquisador da Universidade de Oxford que preferiu não se identificar à BBC, comenta que o Flick pode ajudar os desenvolvedores de realidade virtual a controlarem melhor a latência ou o atraso das imagens mostradas em uma experiência deste tipo, o que por tabela, ampliaria a sensação de presença e imersão.

De acordo com ele, a imersão é o compromisso que o jogador sente com o jogo que está interagindo, e a presença é a noção de que seu cérebro realmente sente que está dentro do game.

Vale ressaltar que o Flick não necessariamente veio para ficar – e também não é a primeira unidade de tempo projetada desta forma, como já comentado por aqui. Em 1998, por exemplo, foi introduzido o Internet Time, que divide o dia em 1.000 “.beats”. A medida em questão possuía o equivalente a 1 minutos e 26,4 segundos, e havia sido projetada para eliminar a necessidade de um fuso horário – o que não ocorreu.

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Fonte: BBC, The Verge