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Como as startups brasileiras estão adotando a Internet do Comportamento

Por| Editado por Rui Maciel | 01 de Março de 2021 às 19h10

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Como as startups brasileiras estão adotando a Internet do Comportamento
Como as startups brasileiras estão adotando a Internet do Comportamento

Por Eduardo Conejo*

A característica das startups de oferecer quase que imediatamente soluções para demandas da sociedade e do mercado fez o setor ter um crescimento marcante em 2020 – receberam ao todo, US$ 3,5 bilhões de dólares (mais de R$ 18 milhões) no ano, 17% a mais do que em 2019, segundo o Inside Venture Capital, levantamento do Distrito, grupo especializado no setor. E essa dinâmica já torna presente no Brasil empreendimentos que seguem uma tendência para o ano que acaba de começar: a chamada Internet do Comportamento, ou IoB, do inglês “Internet of Behavior”.

IoB é como o mercado tem chamado o uso de todas as informações disponíveis de cada um para que se possa detectar e, de alguma forma, influenciar o comportamento das pessoas. Em uma era como a que vivemos, na qual o acesso a dados é fundamental para definição de estratégias pessoais e profissionais, é importante saber a melhor forma de utilizar esse vasto campo presente em redes sociais, plataformas de serviços públicos e sistemas de rastreamento. Para direcionar essa tendência da forma benéfica, as startups não podem perder o foco de oferecer iniciativas com potencial de melhorar rotinas.

Diante das exigências atuais e futuras do mercado e da sociedade nessa tendência, os empreendimentos conseguem evoluir seus negócios ao buscarem programas que lhe deem acesso a ativos, tecnologias, laboratórios de P&D, treinamentos, assessorias, mentorias, networking e redes de investidores para os mais diferentes níveis de maturidade dos projetos, seja para pré-aceleração ou investimentos visando escala comercial.

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Temos alguns exemplos práticos no Brasil de quem, com a ajuda dessas iniciativas, utiliza IoB para trazer melhorias diretas ao nosso cotidiano. Na edição atual do Creative Startups, programa nacional de aceleração de startups da Samsung, está a DriveOn, startup de Manaus que, por meio da tecnologia de registro Blockchain, gera um relatório do comportamento de condutores de veículos que pode ser utilizado por seguradoras e empresas. Assim, é possível indicar pontos nos quais os motoristas podem ser mais prudentes, agindo diretamente para a consolidação de um trânsito menos caótico e estressante, além de beneficiar as boas práticas ao oferecer descontos ou ganhos ao profissional.

O programa também conta com a AppGuardian, startup de São Paulo que dá um passo à frente na utilização da IoB no controle parental, desenvolvendo uma solução tecnológica que ajuda na organização da rotina no mundo digital de uma forma na qual tanto os pais quanto os filhos podem acompanhar os dados gerados a cada vez que a criança ou adolescente assiste a televisão ou canais digitais. Mais do que garantir uma navegação segura, por meio de sistema de localização e controle de uso de aparelhos eletrônicos, é promovido o diálogo na família para que o mundo digital deixe de ser um inimigo para ser encarado como uma realidade potencialmente positiva.

Mantendo esse viés de utilizar os dados trazendo benefícios à sociedade, as startups brasileiras se preparam para incluir o comportamento nesse processo de digitalização tão acelerada, principalmente, nos últimos meses. Melhorar diretamente nossos atos no dia a dia é um passo que já está sendo dado em direção à evolução tecnológica benéfica para todos.

Eduardo Conejo é Gerente Sênior de Inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento da Samsung