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China reivindica supremacia quântica; entenda o que isso significa

Por| 07 de Dezembro de 2020 às 09h00

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Reprodução/Louis Reed (Unsplash)
Reprodução/Louis Reed (Unsplash)

No final do ano passado, o Google chamou atenção do mercado ao reivindicar a chamada “supremacia quântica” — termo usado no ramo para se referir ao ato de usar um computador quântico para concluir uma tarefa que seria, na prática, impossível de ser realizada em um computador tradicional. Trata-se de um motivo de orgulho para qualquer um, mas, ao que tudo indica, a soberania do Gigante das Buscas não durou muito tempo.

Na última quinta-feira (3), um grupo de pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China publicou um artigo científico na revista Science alegando que a supremacia quântica agora é do país asiático. Segundo o artigo, os chineses usaram um sistema chamado Jiuzhang para completar, em apenas três minutos, cálculos altamente complexos que só seriam processados ao longo de dois bilhões de anos em um PC normal.

Para termos uma noção da disparidade do feito, a reivindicação do Google levou em conta o poder do Sycamore, seu próprio computador quântico que completou em 3 minutos e 20 segundos um cálculo que levaria 10 mil anos para ser concluído no Summit, um dos supercomputadores mais potentes da época. Enquanto isso, os chineses usaram o supercomputador chinês Sunway TaihuLight, o terceiro mais poderoso do país.

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É importante ressaltar que a China e o Google usam métodos distintos para “dar vida” à computação quântica. O Gigante das Buscas emprega metais semicondutores (similares aos dos microchips que existem em seu computador ou celular) refrigerados a quase -460 °F. Já os asiáticos trabalham com a manipulação de fótons, que, basicamente, nada mais são do que as partículas que compõem a luz.

Embora essa “guerra pela supremacia” possa parecer crítica, é importante lembrar que ainda não existem computadores quânticos “usáveis” e eles não chegarão ao mercado tão cedo. Estamos falando de um setor que ainda está engatinhando e que precisa enfrentar uma série de obstáculos até que seja possível criar algo para o consumidor final. Ainda assim, tais feitos são bem empolgantes e importantes para avanços científicos.

Fonte: Futurism