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Alimentos à base de algas são criados com impressora 3D no Chile

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 24 de Junho de 2022 às 09h40

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Reprodução/Universidade do Chile
Reprodução/Universidade do Chile

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Químicas e Farmacêuticas da Universidade do Chile desenvolveram alimentos nutritivos impressos em 3D. A novidade é que a iguaria é feita à base de "cochayuyo", uma alga marinha facilmente encontrada no Chile, Atlântico Sul e na Nova Zelândia.

Segundo os cientistas, os alimentos produzidos com uma mistura de purê de batatas e algas desidratadas podem ser impressos em apenas sete minutos. O composto gelatinoso permite que o usuário escolha formas variadas de textura, sabor e formato, o que pode agradar, principalmente, as crianças.

“Procuramos figuras diferentes e divertidas, com visuais, cores, gostos, sabores e cheiros variados. Nos testes, imprimimos um bonequinho de Pokémon, mas nada impede que criemos animais ou qualquer outro tipo de personagem que agrade ao paladar e ao imaginário infantil”, explica o o professor Roberto Lemus, autor principal do projeto.

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Nutrição em primeiro lugar

A alga cochayuyo é um ingrediente bastante comum na culinária chilena. Além de versátil e barata, ela é rica em aminoácidos, minerais e iodo. Para diversificar o sabor característico do produto desidratado, os pesquisadores acrescentaram um purê de batatas instantâneo em pó.

Ao adicionar água quente à mistura, eles obtiveram uma substância gelatinosa e viscosa, que pode ser usada para alimentar uma impressora 3D. Como o processo de fabricação é muito rápido, o alimento resultante preserva todas as características nutricionais de seus ingredientes in natura.

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“Ocorreu-me utilizar batatas por causa da quantidade de amido. Esse elemento combinado com o alginato de cochayuyo é o que gera a estabilização necessária para o uso em impressoras 3D. Criar alimentos com motivos infantis pode aumentar o interesse das crianças, geralmente avessas ao consumo de algas”, acrescenta Lemus.

Longe do laboratório

Além de nutritivos, os pesquisadores querem que os produtos sejam saborosos e visualmente agradáveis, para que as pessoas sejam incentivadas a comê-los. Outro fator importante a ser levado em conta é o preço das impressoras 3D de alimentos, que hoje podem custar até US$ 10 mil (cerca de R$ 50 mil na contação atual).

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Os cientistas apostam que, em breve, a popularização desses equipamentos possa facilitar o acesso de forma geral, permitindo a impressão de alimentos em 3D em casas ou locais comunitários de uma maneira muito mais abrangente e barata, desde a matéria-prima até o produto final.

“Serão tão comuns quanto o micro-ondas ou a geladeira, e você poderá personalizar sua comida fazendo um hambúrguer à base de farinha vegetal e cochayuyo no formato desejado, adaptando a comida ao seu gosto sem perder o valor nutricional de cada porção”, prevê o professor Roberto Lemus.