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Erupção de vulcão em Tonga corta comunicações e solução pode demorar 2 semanas

Por| Editado por Claudio Yuge | 17 de Janeiro de 2022 às 18h20

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Reprodução/NOAA
Reprodução/NOAA

Neste sábado (15), a erupção de um vulcão submerso em Tonga deixou as comunicações da ilha fora do ar, e a recuperação total desses sistemas pode demorar até duas semanas. Atualmente, embora parte da infraestrutura já tenha voltado a funcionar, comunicações via telefone e internet na ilha estão bem limitadas, e ainda não há informações sobre o estado das áreas costeiras.

Informações claras sobre a falha da comunicação ainda não foram disponibilizadas, já que Tonga está com grandes dificuldades em contatar o resto do planeta. O que sabe, até agora, é que os cabos submarinos que ligam os sistemas de telecomunicação e internet do mundo a ilha foram rompidos durante a erupção.

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A erupção gerou ondas gigantescas na costa da ilha, que, após o ocorrido, ficou coberta em cinzas da atividade vulcânica. No total, mais de 80 mil pessoas podem ter sido afetadas direta ou indiretamente pelo incidente.

Nesta segunda (17), parte da energia e comunicações de Tonga já foi restaurada, mas a recuperação total dos sistemas pode demorar mais que duas semanas, já que a substituição dos cabos submarinos é necessária e o navio capaz de realizar trabalho mais próximo está a 4 mil quilômetros da ilha, em Port Moresby, capital da Papua-Nova Guiné.

Problemas para o mundo

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No mundo, existem aproximadamente 428 cabos submersos, percorrendo 1,1 milhão de quilômetros no globo para fazer o funcionamento das estruturas de telecomunicações e internet do planeta.

Porém, eventos como a erupção em Tonga mostram como essa infraestrutura é frágil — já que a forma em que os cabos são distribuídos pelo planeta, sempre utilizando o caminho de menor distância possível entre dois pontos, obriga eles a ficarem localizados em locais onde desastres naturais são comuns.

Além disso, desastres naturais podem causar outros. Desde a erupção em Tonga, países como Austrália e Califórnia estão com alertas de possíveis tsunamis suas áreas costeiras, podendo assim gerar mais problemas de infraestrutura, dessa vez em localizações que contam com serviços globalmente importantes para o dia a dia do mundo.

Dito tudo isso, Dale Dominey-Howes, professor de ciências de risco naturais na Universidade de Sydney, afirma ser necessário que o mundo comece a estudar os riscos atuais na infraestrutura de telecomunicações, além de pensarem em formas de terem comunicações não dependentes somente desses fatores, como satélites, já que próximos desastres podem causar consequências mais severas, não somente para as áreas afetadas como também para todo o planeta.

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Fonte: The Conversation, BBC