Chips 4G devem ficar mais caros nos próximos anos, impulsionando o 5G
Por Munique Shih | Editado por Wallace Moté | 24 de Agosto de 2021 às 10h08
A quinta geração de internet móvel, o 5G, promete ser uma revolução com uma velocidade até 20 vezes mais rápida do que a atual. Dentre os benefícios estão o menor consumo de bateria, altas taxas de transmissão de dados e um curto tempo de resposta, conhecido também como baixa latência. Além disso, as redes 5G também serão fundamentais para potencializar a Internet das Coisas, conectando os dispositivos usados no dia a dia à internet — incluindo meios de transporte e eletrodomésticos, por exemplo.
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Países ao redor do mundo estão reivindicando a implantação de redes 5G para impulsionar o crescimento econômico e revolucionar a vida nas cidades gerando novos negócios envolvendo Inteligência Artificial, IoT, Cloud, Segurança e robótica. Um relatório emitido pela Ericsson Mobility Report em 2019 mostrou que a tecnologia 5G vai contar com 2,6 bilhões de usuários até o fim de 2025. A empresa ainda ressaltou que a tecnologia deve cobrir 65% da população mundial e ser responsável por cerca de 45% do total de tráfego global de dados móveis.
Um dos empecilhos para que usuários participem dessa nova fase da tecnologia, porém, é o preço, pois produtos com 5G consequentemente são mais caros por contar com uma geração mais atual de modens e outros componentes. Mas, de acordo com o Digitimes, os preços dos chips 5G devem cair nos próximos anos conforme as empresas migrem todo o seu portfólio para a nova geração, partindo já deste segundo semestre de 2021.
Em contrapartida, o preço dos chips 4G deve seguir o caminho contrário, crescendo continuamente devido à diminuição da oferta de chips. Isso se daria pelo foco das principais fabricantes do mundo na produção de chips 5G, com empresas como MediaTek e Qualcomm já oferecendo soluções com a tecnologia em todos os segmentos de preços. Com a expansão dessa migração e os chips 4G deixando de ser anunciados, fábricas devem fazer o mesmo e migrar todos os esforços em produzir componentes mais modernos, encerrando o ciclo da geração anterior.
Isso é especialmente preocupante em países como o Brasil, onde ainda há uma alta demanda por modelos 4G devido à falta de infraestrutura compatível com as redes 5G. O ponto positivo, porém, é que os modelos anunciados com 5G também contam com suporte à atual geração da internet móvel, podendo ser utilizados sem problema algum com as atuais redes disponíveis em nosso país.