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Servidor neuromórfico da Intel tem capacidade de 100 milhões de neurônios

Por| 27 de Março de 2020 às 10h27

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Intel Corporation
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A Intel anunciou na semana passada o Pohoiki Springs, ampliação do seu servidor neuromórfico de pesquisa. Basicamente, ele é a junção de vários chips voltados para inteligência artificial da empresa que oferece uma capacidade computacional de 100 milhões de neurônios artificiais que companhias parcerias podem acessar via nuvem.

Quando a Intel fala em servidor neuromórfico, ela está fazendo uma analogia ao cérebro de animais. Isso quer dizer que, parecido com um neurônio natural, cada neurônio artificial tem a capacidade de processamento complexo.

O sistema é composto por processadores Intel Loihi, voltados para aparelhos que exigem demandas altas de computação e lógica, como o cérebro de animais. Com o Loihi, a Intel disse já ter conseguido ensinar uma IA a reconhecer odores, identificar caminhos por marcos como prédios e lojas e outras funções complexas. Sozinho, ele já consegue resolver cálculos mil vezes mais rápido que um processador tradicional.

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Ao todo, 768 chips Loihi espalhados em oito placas são empregados no Pohoiki Springs. Com tanto poder de processamento, a ideia da companhia é escalar a capacidade de IA para seus clientes. Em um exemplo análogo à vida animal, ela explica o quanto o Pokoiki Springs é mais potente que seu modelo mais básico, o Kapoho Bay.

O cérebro de um inseto tem capacidade de 1 milhão de neurônios de processamento e consegue fazer ações complexas como navegar sem bater em obstáculos. O Kapoho Bay, que contém só dois chips Loihi, soma 262 mil nerônios artificiais e já é capaz de reconhecer movimentos e ler um texto em braile.

A capacidade do Pohoiki Springs é de 100 milhões de neurônios, o que, segundo a Intel, é semelhante ao cérebro de um mamífero pequeno. Com isso, ele deve ser usado para desenvolver ferramentas e pesquisas com algoritmos neurológicos e que exigem processamento em tempo real.

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Entre os exemplos de usabilidade apontados pela Intel estão a solução de problema de restrição, nos quais é preciso achar apenas uma possibilidade ideal em meio a uma série de opções (como em sudoku); buscar por padrões complexos e ser utilizado para otimizar cenários.

“O Pohoiki Springs combina nosso chip de pesquisa neuromórfica Loihi mais de 750 vezes, enquanto opera a uma potência abaixo de 500 watts”, explica Mike Davies, diretor do Laboratório de Computação Neuromórfica da Intel. Embora seja alto em comparação com computadores convencionais, 500 W ainda é um consumo de energia bastante modesto para o que o servidor propõe.

A ferramenta já está disponível para contratação por empresas parcerias dentro da Comunidade de Pesquisa Neuromórfica da Intel (INRC, na silga em inglês), cujo acesso é todo feito pela nuvem.

Fonte: Intel