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NVIDIA vai lançar placa focada em mineração de criptomoedas

Por| 19 de Fevereiro de 2021 às 10h58

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Divulgação/NVIDIA
Divulgação/NVIDIA
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A Nvidia anunciou nesta quinta-feira (18) uma nova linha de placas focadas apenas na mineração de criptomoedas, incapazes de trabalhar com gráficos ou serem utilizadas para jogos. Os modelos da linha CMP HX chegam ainda neste primeiro semestre de 2021, com a família sendo completada por quatro versões que podem ser acopladas a um único sistema para que suas capacidades sejam combinadas para servir à tarefa.

Ao mesmo tempo, a fabricante investe em uma organização do mercado e na proteção do segmento de PCs, que há tempos sofre com escassez de GPUs e os altos preços das unidades justamente por conta dos esforços de mineração, que ganharam fôlego renovado no final de 2020. No mesmo caminho, a NVIDIA também anunciou que, com o lançamento da GeForce RTX 3060, suas placas de vídeo serão capazes de detectar os algoritmos relacionados às criptomoedas para reduzir a capacidade de processamento.

O modelo mais básico da linha CMP, sigla em inglês para processador de criptomineração, entrega hash de 26 MH/s e usa um conector único de oito pinos para ser alimentado com 125 W. A placa chega ainda neste primeiro trimestre junto com uma edição mais potente, a 40 HX, com 36 MH/s e 185 W, também em um único conector.

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Já as edições mais fortes, 50 HX e 90HX, aterrissam até o fim do primeiro semestre, sendo capazes de chegarem, respectivamente, a 45 MH/s e 86 MH/s, com 250 W e 320 W a partir de dois conectores de oito pinos. Da mesma forma que acontece com as GPUs convencionais, elas serão comercializadas e divulgadas por meio de parcerias com nomes como Asus, EVGA, Gigabyte, MSI, Palit, PC Partnet e Colorful.

O foco na mineração também acompanha um design voltado para a tarefa exigente, com uma circulação de ar pensada na colocação de diversas unidades em um único sistema e promessa de maior custo-benefício. É nesse quesito, inclusive, que está o pulo do gato, já que, como já apontaram especialistas da imprensa especializada, a taxa de processamento da 90HX a coloca atrás do potencial de modelos convencionais de GPU, como a RTX 3080 ou 3090, enquanto todas as outras versões da linha CMP estão atrás até mesmo de GPUs como a RTX 2080 Ti.

A ausência de detalhes e elementos específicos para o uso em games faz com que a expectativa de preço seja menor, claro, além de também ser uma medida para proteger o mercado no sentido inverso. A limitação, que torna a linha CMP exclusiva para mineração, acontece a nível de hardware e impede seu uso para games, apesar de ainda não ser possível saber se teremos um silício dedicado em mãos ou uma fabricação compartilhada com as unidades tradicionais da marca.

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Corte duplo

Algo semelhante aparece, também, na decisão de limitar o potencial da RTX 3060, e placas subsequentes, quando se fala em mineração. De acordo com a NVIDIA, o limitador que corta pela metade o desempenho quando o hardware é usado para geração da criptomoeda Ethereum, por exemplo, funciona a partir de uma combinação entre o driver da GPU, sua BIOS e o próprio chip físico, impedindo até mesmo um desbloqueio.

Pelo mesmo motivo, a NVIDIA não pode aplicar medidas semelhantes aos modelos existentes, já que isso somente seria possível por atualizações de drivers que os mineradores podem, simplesmente, não instalar. Como aponta a imprensa internacional, tudo deve se resumir, basicamente, ao preço, que em uma categoria especificamente financeira e voltada para a lucratividade, acaba sendo o aspecto primordial. A ideia da fabricante é, sim, equilibrar o mercado e dar um golpe na escassez e no alto preço de placas de vídeo, mas a ideia é que essa balança ainda vai levar algum tempo para chegar, novamente, ao centro.

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Fonte: NVIDIAAnandTech