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5 mitos sobre a impressão 3D

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É muito provável que você já tenha ouvido falar sobre a impressão 3D, uma vez que essa tecnologia está conquistando cada vez mais espaço. No entanto, algumas questões em torno dessa técnica ainda não foram esclarecidas, e a maioria das pessoas acredita em informações que não são verídicas. Ou seja, mitos.

Primeiro, é preciso entender do que se trata, de fato, essa tecnologia: também conhecida como prototipagem rápida, a impressão 3D é responsável pela criação de modelos tridimensionais a partir de sucessivas camadas de material. As impressoras 3D são, geralmente, mais rápidas, mais poderosas e mais fáceis de se usar do que outras tecnologias de fabricação aditiva (o nome que se dá à fabricação de produtos partir de modelos digitais criados em três dimensões). Assim, elas são capazes de imitar com precisão quase exata a aparência e funcionalidades dos protótipos.

No entanto, a tecnologia em questão é responsável também por alguns tabus, já que chegou a ser utilizada para a criação de armas de fogo ou de máscaras com a intenção de enganar reconhecimento facial. Logo, ao mesmo tempo que fascina, ela também leva o público a uma hesitação inevitável. Pensando nisso, o portal europeu The Next Web resolveu desmitificar algumas crenças sobre a impressão 3D.

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A impressão 3D é usada para criar armas de fogo

Foi em 2013 que essa crença começou, por causa de um projeto de arma que seria construído a partir dessa técnica. Houve apenas um anúncio desses em um período de seis anos e não houve nenhum relato de ferimentos causado por armas de fogo criadas por impressoras 3D. Isso sugere que a ameaça é bem mais limitada do que se propaga. Além disso, muitos especialistas acreditam que armas impressas em 3D podem ser mais perigosas para seus usuários do que qualquer outra pessoa.

Um usuário da impressão 3D que foi entrevistado pelo The Next Web chegou a declarar: "Eu nunca vou disparar com uma arma impressa em 3D. Com a quantidade de impressões que dão errado, você teria que ser um homem muito mais corajoso do que eu". Sendo assim, embora seja possível imprimir algo parecido com uma arma, é provável que ela precise de componentes metálicos, além de munição. Nem tudo pode - ou deve - ser impresso em 3D.

A impressão 3D destrói o meio ambiente

Algumas pessoas temem que facilitar a produção de objetos de plástico leve a problemas ambientais devido à facilidade de imprimir novos produtos com esse material. No entanto, a impressão reduz massivamente o desperdício, em comparação com a tradicional fabricação "subtrativa" (corte, perfuração, etc.). Além disso, os materiais podem ser biodegradáveis, feitos à base de plantas, por exemplo, e usados ​​para transformar desperdício de alimentos em materiais para as impressoras 3D.

Outro aspecto que vale considerar é que a impressão 3D também oferece maneiras potenciais de usar plásticos reciclados para o desenvolvimento de outros produtos.

Impressoras 3D geram desempregos

A princípio, a impressão 3D foi descrita como revolucionária e isso desencadeou temores sobre a perda de empregos. A capacidade de produzir formas complexas em uma única peça reduz os negócios para diversos fornecedores de componentes, por exemplo. Por outro lado, o acesso à produção local de baixo custo ajuda a transformar ideias em oportunidades de negócios e de carreira. A impressão 3D também permitiu que os empreendedores criassem dispositivos de monitoramento de baixo custo, algo que fez com que melhorassem seus meios de produção.

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Essa técnica também pode ser considerada como uma maneira de aumentar o envolvimento com a ciência e a engenharia nas escolas. O The Next Web relata que, durante as entrevistas realizadas para a elaboração da reportagem, chegaram a encontrar pessoas mais velhas procurando atualizar suas habilidades aprendendo a impressão 3D. Uma delas estava ocupando seu tempo de aposentadoria fazendo presentes para a família, arrumando coisas para os vizinhos e até mesmo ensinando outros a imprimir. Enquanto isso, outro entusiasta da Tecnologia, que trabalhou anteriormente em indústrias criativas, viu a impressão 3D e o design como uma maneira de começar um negócio, colocar a criatividade em prática novamente e se afastar de um emprego insatisfatório. Outros, ainda, usaram impressoras 3D para dar forma a invenções. Em suma, essa tecnologia pode ajudar a realizar sonhos de empreendedores.

A impressão de produtos falsificados vai aumentar

A impressão 3D custa muito mais do que a produção em massa e as empresas temem que alguém roube seus projetos e produza versões falsas deles através delas. Assim como a indústria da música levou anos para parar de lutar contra a internet e passar a adotar as vendas digitais, os fabricantes levarão tempo para se acostumar com a ideia de que sua propriedade intelectual pode ser compartilhada online.

Enquanto isso, a disposição de compartilhar é o que define as comunidades de usuários de impressão 3D, tanto nas fábricas quanto online, unidas para explorar ideias, aprender novas habilidades, iniciar negócios ou apenas fazer amigos. Uma solução para a questão de projetos acessíveis pode ser usar blockchain (também conhecido como “o protocolo da confiança”, uma tecnologia de registro distribuído que visa a descentralização como medida de segurança) para rastrear produtos impressos em 3D. Ao mesmo tempo, no entanto, as empresas devem escolher se os clientes que desejam criar, baixar e imprimir projetos devem ser tratados como colaboradores ou concorrentes.

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A produção é muito cara e inacessível

O The Next Web aponta que muitas bibliotecas públicas na Europa agora fornecem acesso à impressoras 3D - e a maioria tem computadores que podem ser usados ​​para criar os projetos, usando ferramentas de design, que podem ser baixadas gratuitamente.

Se você não gosta de criar seus próprios projetos, é possível baixar e “remixar” uma variedade de objetos de peças de reposição para reparos domésticos, como em aparelhos para pacientes com artrite, por exemplo. Você pode até pedir a alguém para imprimir os desenhos para você. Além disso, o custo geral desse serviço pode girar em torno de 200 Libras, o que equivale a cerca de R$ 965 na cotação atual.

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A impressão 3D ainda requer certo esforço - para preparar desenhos, configurar a impressora e corrigir os erros inevitáveis. Mas a boa notícia é que há uma comunidade crescente de pessoas na internet, e em vários setores, que normalmente se mostram dispostos a ajudar os iniciantes.

Fonte: The Next Web