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Intel aposta na plataforma vPro para abraçar mudanças no setor corporativo

Por| 16 de Julho de 2019 às 10h11

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Segundo um estudo da IDC, o mercado corporativo brasileiro está mudando e buscando alinhar-se cada vez mais às tendências internacionais e almejando a economia de custos sem perda de produtividade. Um dos caminhos para isso é a automação de processos rotineiros.

Com base nessa percepção, o Canaltech conversou com a Intel e a empresa mostrou, com exclusividade, algumas das novidades da sua tecnologia proprietária vPro, que promete ajudar as empresas a atingirem essas metas corporativas.

“Mesmo aqui na Intel, nós gastávamos muito tempo em reuniões, plugando cabos para mostrar apresentações”, conta Barbara Toledo, gerente de marketing da empresa. “Da necessidade de reduzirmos isso, veio uma aplicação chamada ‘Intel Unite’, que usamos em nossas reuniões”. A executiva conta que a tecnologia por trás da ferramenta é a Intel vPro. Durante nossa conversa, foi-nos explicado que a ferramenta permite criar redes seguras de conexão, apresentação de documentos em caráter remoto entre diversas pessoas e até a tomada de notas.

A Intel vPro foi originalmente lançada em meados de 2007 e, ao longo dessa mais de uma década de vida, normalmente recebe uma atualização a cada nova geração de processadores da empresa. E não apenas limitada a utilizá-la em seus escritórios na zona sul de São Paulo, a Intel também oferece a tecnologia para diversas fabricantes de informática e empresas do setor público e privado. Barbara não abriu nomes, citando questões contratuais, mas uma busca rápida no Google nos apontou para artigos detalhando a tecnologia em computadores Lenovo e Dell, para citar alguns nomes.

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A ideia por trás da vPro vem ao encontro de uma necessidade do mercado corporativo brasileiro, apontada em um estudo recente da IDC: buscando reunir o máximo de recursos tecnológicos em uma única plataforma, empresas podem reduzir despesas ao mesmo tempo em que facilitam o fluxo processual de seus negócios. “Veja por exemplo no telemarketing: como as máquinas são costumeiramente compartilhadas entre os profissionais de cada turno, às vezes temos algumas situações em que um operador deixa a máquina ligada para o dia seguinte, ou faz ajustes/lida com ajustes de quem usa a sua máquina em outro turno. Isso atrasa o serviço e gera aumento no consumo de energia, ou seja, mais custos”.

“Com a adoção da vPro, tudo o que um gestor precisa é de um dispositivo computacional com a certificação da plataforma para que o responsável pela área de TI possa, remotamente, desligar a máquina (ou programar seu desligamento em um horário específico), além de aplicar patches de segurança, novamente, em momentos pré-programados. O fluxo de trabalho anda sem atrapalhar ou atrasar ninguém”, explica Barbara. De acordo com o estudo, representado nos infográficos ao longo desta matéria, essa otimização vem permeando todos os aspectos de uma empresa: até mesmo o tamanho das máquinas vem sendo revisto, com prioridade para miniPCs que facilitam a otimização e harmonização de espaços.

Tanto é que, pelas informações do estudo, apesar dos desktops ainda ocuparem a liderança nas máquinas corporativas, laptops vêm apresentando maior volume de vendas: em 2017, foram vendidas mais de 1,1 milhão de unidades de desktops, número esse que reduziu para a marca de 1,07 milhão até agora em 2019. Já em relação aos laptops, foram mais de 650 mil unidades comercializadas em 2017 e mais de 958 mil em 2019.

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Esse crescimento mais notável gera a expectativa de que, a partir de 2021, esse quadro seja invertido, com notebooks tomando a dianteira e perdurando na liderança até pelo menos 2023: estimativas da IDC falam em 1,02 milhão de máquinas portáteis vendidas, versus 886 mil desktops.

Isso, segundo a percepção de Barbara Toledo e da Intel, vem da crescente demanda por portabilidade, com funcionários cada vez menos dependentes de suas posições fixas e cada vez mais trabalhando em caráter móvel, seja visitando clientes, atuando em home office ou de algum coworking.

E por causa dessa mobilidade, assegurar que eles tenham a mesma capacidade de uso vista em um desktop é parte do papel da vPro: “Cada vez mais, falamos de processadores que consumam menos e menos energia [o chamado total cost ownership, no jargão corporativo], então temos opções que, embora reduzidas em tamanho, apresentam o mesmo desempenho, sem gastar demais”, ela explica.

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“Mais além, outras demandas de hardware acabam sendo observadas por nós, como memórias de melhor capacidade. Um de nossos lançamentos recentes, por exemplo, o Intel Optane Memory, acaba funcionando como acelerador de sistemas como para uma espécie de SSD, tanto para desktops e notebooks como para data centers”.

Para tanto, a Intel conta com ofertas da plataforma vPro para diversos fabricantes de informática, sendo ela desenvolvida de forma específica para o setor corporativo: para se obter a certificação de uso dessa tecnologia, uma máquina deve contar com processador Intel (seja i5, i7 ou i9), com chipset habilitado para a plataforma e dispositivo de rede que permitam a personalização da tecnologia.

Além disso, integrada diretamente no firmware, a vPro permite o gerenciamento agrupado de estrutura de TI em um único computador habilitado (evitando picos de energia, falhas de memória, aplicação remota de patches e atualizações, inventariar hardware e software), assegurando custos hiper-reduzidos sem a necessidade de grandes investimentos. A ressalva é que todo o parque tecnológico da empresa deve estar habilitado para a plataforma.

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No que tange à segurança, as máquinas vPro devem passar por uma série de personalizações: “a BIOS de cada uma delas é alterada para receber a plataforma, então trabalhamos com as fabricantes em certificações variadas de segurança para assegurar a proteção das empresas e suas informações”. Um ponto interessante é que a prática de proteção de uma máquina vPro é sistêmica, atuando até mesmo na defesa contra ataques diretos ao firmware, uma causa comum de danos físicos em computadores.

Com a vPro, a Intel espera preencher uma lacuna perene no setor empresarial brasileiro: a de ampliar as capacidades de atuação tecnológica de cada empresa sem que ela tenha de despender de grandes valores financeiros, além de auxiliá-las em um melhor gerenciamento. Dado o volume que a empresa diz ter sobre seus atuais clientes, ela parece estar no caminho certo.

Finalmente, Barbara conta que, embora a tecnologia vPro use, hoje, a litografia de 14 nanômetros (nm) para seus processadores, é seguro esperar por atualizações e aprimoramentos no próximo ano, haja vista que, em 2020, devemos receber a primeira linha de chipsets da Intel em 10nm. “É uma consequência: novos processadores nossos e atualizações da vPro são lançadas com pouquíssimo tempo de diferença entre si, então é provável que isso aconteça já no ano que vem”, explica.