EUA estariam implantando rastreadores em chips de IA para flagrar envios à China
Por Raphael Giannotti • Editado por Jones Oliveira |

Informações da agência de notícia Reuters apontam para uma estratégia de controle por parte do governo dos EUA para que os chips de IA de empresas norte-americanas não cheguem na China. Segundo as fontes da agência, dispositivos de rastreio estão sendo implantados nas embalagens desse tipo de produto para que as autoridades fiquem cientes se existem unidades indo para a China ilegalmente.
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Já faz um tempo que existem diferentes restrições para o envio de chips para IA, feitos por empresas americanas, à China. O governo dos EUA até afrouxou o rigor para determinadas GPUs da NVIDIA, mas, no geral, os semicondutores criadas por ela e pela AMD estão sob os olhares das autoridades competentes do país.
Rastreadores nos servidores da Dell com GPUs AMD e NVIDIA
Os EUA estariam implantando esses dispositivos em caixas com servidores da Dell e Super Micro equipados com as GPUs da NVIDIA e da AMD. Alguns desses dispositivos, segundo as fontes da Reuters, são maiores, mais ou menos do tamanho de um smartphone, e vão no contêiner. Outros rastreadores menores são instalados dentro da caixa dos servidores, e alguns até dentro dos próprios servidores.
Uma das pessoas que conversou com a agência de notícias relata ter visto vídeos e imagens desses dispositivos de rastreio sendo removidos das caixas. Outras pessoas com conhecimento de causa alegam que diferentes departamentos estão envolvidos, como o FBI, o Departamento de Comércio, que supervisiona fiscalização de exportação; e a Agência de Investigação de Segurança Interna.
A Reuters entrou em contato com essas entidades, mas elas não quiseram comentar o assunto. A Super Micro disse que não comenta sobre "práticas de segurança e políticas para proteger operações pelo mundo, parceiros e clientes". Já a Dell disse que "não está ciente" dessa iniciativa do governo dos EUA.
A AMD não respondeu aos questionamentos da agência de notícias, enquanto a NVIDIA se negou a comentar a situação.
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Fonte: Reuters