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Coreia do Sul se prepara para "guerra dos chips" após vitória de Trump nos EUA

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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 Vladdeep/Envato
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O partido governista da Coreia do Sul propôs um projeto de lei que visa preparar o país para uma eventual “guerra dos chips”. A medida foi proposta com o intuito de defender a economia do país contra possíveis medidas adotadas por Donald Trump, presidente eleito dos EUA, a partir do próximo ano. 

De acordo com o projeto, fabricantes de semicondutores sul-coreanos — que tem a Samsung como uma das principais representantes — poderão receber subsídios do governo, além de ter uma isenção do limite das horas de trabalho aprovadas pela lei sul-coreana. 

A lei foi proposta pelo partido do presidente Yoon Suk Yeol na última segunda-feira (11), mas o político tem alertado sobre os riscos do próximo governo estadunidense desde a semana passada. O chefe de estado teme pelas ameaças de Trump de aumentar as tarifas sobre importações de chips feitas pela China. Isso poderia fazer com que o rival asiático reduza seus preços de exportações, prejudicando companhias coreanas que atuam fora do país. 

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De acordo com o parlamentar Lee Chul-gyu, membro do partido governista, o projeto pode deixar as empresas sul-coreanas em uma posição mais favorável para enfrentar concorrentes de países próximos, como Taiwan — que tem a maior fabricante de chips do mundo, a TSMC —, China e Japão, além dos Estados Unidos.

No entanto, os apoiadores do projeto podem enfrentar dificuldades para a aprovação da lei. Isso porque o partido opositor detém a maioria no congresso sul-coreano. Os opositores temem que trabalhadores envolvidos em Pesquisa e Desenvolvimento poderão trabalhar mais horas, passando o limite de 52 horas previstos na lei atual. 

Outra forte resistência é por parte do sindicato trabalhista da Samsung, que declarou recentemente que o projeto é só uma forma de a empresa culpar a atual legislação por seu “fracasso de gestão”. No mês passado, a companhia ficou atrás dos principais rivais — TSMC e SK Hynix — na corrida pelo desenvolvimento de chips focados em inteligência artificial. 

Fonte: Reuters

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