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Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 2: memória RAM

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Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 2: memória RAM
Como fazer um upgrade de forma correta no PC, parte 2: memória RAM

Neste segundo artigo da série, vamos ver o que é (e o que não é) importante na hora de atualizar a memória RAM de um PC ou notebook. Para muitos é uma questão bastante simples: maximizar a quantidade de gigabytes e a velocidade de operação o tanto quanto possível, e ainda que sejam duas variáveis extremamente importantes, há vários outros pontos a se considerar. Um dos exemplo é a marca, que importa, e muito, sendo difícil errar com produtos de empresas renomadas como Kingston ou G.Skill, capazes de durar por anos a fio sem apresentar um problema sequer.

O caso é muito mais severo em notebooks, especialmente de marcas menos relevantes. Como o acesso ao slot de memória RAM em notebooks é mais difícil do que o desktop, muitas vezes violando a garantia (algo propositalmente pensado pelos fabricantes), usuários só o fazem quando acontece algum problema. E, quando abrem, acabam encontrando pentes de memória de uma marca que nunca escutaram falar, quando trazem alguma identificação. Por isso não podemos deixar de elogiar empresas como a Avell, que mostram qual é a marca da memória RAM antes que o usuário compre um produto, geralmente usando algum modelo da Kingston.

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Não adianta superdimensionar a quantidade e velocidade se o resto da configuração não é capaz de aproveitar isso. Algumas máquinas possuem processadores dual-core mais antigos e placas de vídeo de entrada, de forma que não adianta instalar 16 GB e esperar que mágicas aconteçam. Se você pretende fazer um upgrade múltiplo, trocando diversos componentes, isso até faria sentido, mas máquinas mais antigas (entenda-se: 5 anos ou mais) são mais limitadas pela baixíssima quantidade de memória RAM do que qualquer outra coisa, não sendo incomum terem somente 2 GB. Nesse caso, e 4 GB já melhoraria bastante. Aumentar para 8 GB, talvez nem tanto.

Indo além

Depois da quantidade e velocidade, é hora de prestar atenção na quantidade de canais de acesso. Arquiteturas de dois canais estão no mercado há bastante tempo, o que resulta no dobro de largura de banda, algo que beneficia todo o sistema e qualquer aplicação. Vale mais comprar um kit dual-channel do que dois pentes separadamente para se beneficiar desse extra, e vale uma nota aqui: não é a quantidade de slots na placa-mãe que determina quantos canais o chipset suporta. Por exemplo, placas-mãe com 4 slots possuem, geralmente, apenas dois canais, por isso possuem cores diferentes. Mais canais são reservados para configurações mais novas e caras, caso das séries mais recentes de CPUs Intel, que chegam a trabalhar com 4 canais.

Alguns fabricantes realmente capricham no dissipador, mas é importante ver se não trará incompatibilidade com o cooler, já que alguns deles acabam ficando em cima dos slots de memória RAM.

Adiante, é extremamente importante priorizar kits de memória que trazem dissipadores de calor, mesmo que a máquina não seja utilizada para tarefas pesadas ou jogos (nesses casos, aliás, é essencial). Computadores “padrão” trazem coolers stock, que simplesmente espalham calor pelo gabinete, e o componente mais próximo ao processador é a memória RAM, de forma que modelos com dissipador minimizam esse problema. Se você já trocou o cooler, é importante observar o perfil do dissipador, já que alguns modelos são altos demais para certos coolers, geralmente reservados para máquinas com refrigeração líquida.

Extra: APUs

Desde 2011, a AMD vende uma série de processadores conhecidos como APUs (Accelerated Processing Unit), basicamente processadores com gráficos integrados mais poderosos. Por alguma anomalia de mercado, fabricantes sabotam as APUs logo de cara, usando memórias de baixa qualidade, velocidade e com pouca quantidade, o que acaba severamente limitando o poder de fogo das APUs. Para esses produtos, o upgrade de memória é extremamente sensível, já que tanto CPU quanto GPU compartilham a memória RAM, de forma que instalar a melhor configuração possível, dentro das limitações do chipset, oferece um ganho considerável de desempenho, em especial com dual-channel.

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APUs são excelentes pelo custo-benefício, mas ficam sub-aproveitadas quando trabalham com kits de memória inferiores.

A única exceção que encontramos em desktops é a plataforma AM1, voltada para computadores populares, que traz dois slots, mas suporta apenas um canal. Em notebooks, as primeiras gerações da linha C e E, bastante limitadas, também trabalham somente com um canal, não extraindo benefícios extras de kits de memória dual-channel. Mesmo que ele seja instalado, não será reconhecido pelo chipset, trabalhando com apenas um canal como se tratasse de pentes diferentes.

Conclusão

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É bem incomum ver uma máquina mais atual vendida com menos de 4 GB (que já é pouco para os padrões atuais), mas, há poucos anos, PCs com 2 GB eram bastante comuns. Em muitos casos, esse pode ser o principal obstáculo que segura o resto da configuração, tornando o uso impossivelmente lento, já que o sistema passa a ter que usar o disco rígido para paginação, um processo para lá de excruciante. Atualizar para para 4 GB, mesmo com apenas um canal, já garante que a configuração respire mais, lembrando que, nesse caso, é recomendado usar um sistema de 64 bits.

Marcas "barbante" de notebooks usam memórias de péssima qualidade, algo que o usuário só acaba percebendo ao abir o notebook. Fabricantes como a Dell permitem que o usuário acesse a área da memória RAM e do HD sem violar a garantia. Motivo? Eles não precisam esconder qual é a marca da memória utilizada.

Os ganhos a partir daí são dependentes da aplicação do computador, onde 8 GB é o mínimo recomendado para aplicações 3D, edição de vídeo e jogos. Assim como os discos rígidos (aliás, já leu nosso artigo sobre armazenamento?), a memória RAM é um dos componentes mais fáceis de substituir dentro de uma máquina. Basta ter um certo cuidado com as travas e com o posicionamento dos pentes, lembrando a regra de ouro de se mexer com hardware: se você está fazendo força, está fazendo errado.

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