Análise | D-Link Covr C1203 cobre grandes locais, mas aguenta poucos gadgets
Por Jones Oliveira | 11 de Julho de 2019 às 21h19
Roteadores mesh são a nova coqueluche das fabricantes de produtos de conectividade, que cada vez mais vêm apostando na tecnologia para "driblar" as limitações do Wi-Fi doméstico. Nos Estados Unidos, a moda parece já ter pegado, com uma grande variedade de modelos disponíveis nas prateleiras; no Brasil, a onda ainda é tímida e esbarra onde mais dói no consumidor: o bolso.
Justamente por isso, é difícil até mesmo encontrar conteúdo em português sobre o D-Link Covr C1203, novo modelo de roteador mesh lançado pela fabricante no Brasil que custa a bagatela de R$ 1.500. É, a etiqueta assusta, mas deve haver alguma justificativa para a D-Link cobrar tudo isso pelo Covr. Serão suas funcionalidades? Recursos? Mais do que isso: será que ele vale a pena de verdade?
Mesh? Nunca nem ouvi falar
A tecnologia mesh é relativamente nova, mas já vem ganhando adeptos por resolver um dos maiores problemas do Wi-Fi: a cobertura do sinal. É verdade que os repetidores também estão aí para solucionar essa questão, mas os roteadores mesh o fazem de um jeito muito mais inteligente.
Os repetidores criam novas redes a cada novo ponto de acesso instalado, o que obriga o usuário a ficar mudando de rede para obter o melhor sinal. Além disso, eles funcionam com apenas um sinal, o que significa que o sinal que o seu smartphone ou laptop utiliza para se comunicar com o repetidor é o mesmo que ele utiliza para se comunicar com o roteador. O efeito colateral óbvio disso é o congestionamento do sinal e um desempenho insatisfatório, para não dizer irritante em alguns casos.
Nos roteadores mesh a "mágica" é feita de um jeito diferente. A tecnologia prevê um roteador-base, que se conecta ao modem por cabo e fica responsável por espalhar o sinal Wi-Fi a partir de sua posição. Além dele, também há roteadores-satélites, que são distribuídos pelo ambiente e ficam responsáveis por ampliar o alcance da conexão sem fio.
Todavia, ao contrário dos repetidores, esses roteadores usam dois sinais diferentes: um interno, que serve para um equipamento "conversar" com o outro numa espécie de "malha" (daí o nome "mesh"), sem que o usuário perceba, e outro de Wi-Fi, que todo mundo pode usar para se conectar à rede e à internet. Dessa forma, elimina-se o gargalo gerado pelo sinal congestionado, e a comunicação segue um fluxo muito mais lógico e eficiente: os dados são recebidos pelo roteador pelo Wi-Fi e são encaminhados aos próximos roteadores pelo sinal interno até que eles cheguem ao equipamento mais próximo do destino — podendo ser um computador, dispositivo móvel, videogame ou modem.
O mais legal de tudo isso é que o usuário não precisa se preocupar em ficar mudando de rede, já que o Wi-Fi é um só em toda a casa. De quebra, os roteadores alternam a conexão para o mais próximo de forma transparente, sem que você tenha de se preocupar com isso.
O produto
Agora que você já está minimamente inteirado do que se trata a tecnologia mesh, vamos ao que realmente interessa: o D-Link Covr. A caixa fornece nosso primeiro contato com o produto e nos apresenta a algumas de suas características e funcionalidades. Grandalhona, ela tenta transparecer um ar de sofisticação e já de cara promete: "Toda sua casa com excelente sinal Wi-Fi".
Abrindo a caixa, descobrimos não um, nem dois, mas três roteadores Covr (um base e dois satélites) capazes de oferecer sinal de "alto desempenho" para até 465m². Essa é uma característica da versão C1203 recebida pelo Canaltech, a mais "parruda" de todas — quem não precisa cobrir uma área tão grande assim, pode optar pela C1202, que vem com apenas dois aparelhos, mas ele infelizmente não está à venda no Brasil. O visual é discreto, com design triangular com cantos bem arredondados e medindo 10,9 cm (C) x 11,7 cm (L) x 5,1 cm (A).
Na parte superior há uma tampa removível que pode ser substituída por outra de outra cor para combinar melhor com o ambiente. O modelo recebido para esta análise veio na cor ouro rosé, que dá um toque mais refinado e futurista ao produto. No site internacional da D-Link, é possível constatar que também há opções nas cores azul e branca — nenhuma delas disponíveis no Brasil.
Embora tenha um forte apelo estético, a logo iluminada Covr posicionada também na parte superior tem uma função crucial no roteador da D-Link: indicar o status do equipamento. As possibilidades são:
- Vermelha: equipamento está ligando;
- Laranja piscando: conectando a outro Covr ou não há conectividade;
- Branco piscando: sinal de conexão fraco ou conectando a dispositivo por WPS;
- Branco: equipamento ligado e operando normalmente
Na parte de trás, o Covr apresenta duas portas Gigabit Ethernet Lan (a base usa uma para se conectar ao modem, é bom lembrar), entrada USB-C restrita à alimentação, botão WPS e outro para remover a tampa superior.
Internamente, cada roteador vem equipado com três antenas dual-band operando nas faixas 2,4 GHz e 5 GHz e atingindo até 300 Mb/s e 866 Mb/s, respectivamente em cada uma delas.
Instalação
Para muita gente, instalar um roteador novo pode ser uma tarefa das mais desafiadoras, imagine três! Mas calma, pois o processo para instalar e integrar o Covr à sua rede é muito simples e intuitivo.
Dentro da caixa, a D-Link incluiu um cartão com QR Code e um manual de instalação no formato passo a passo para guiar o usuário pela instalação. O primeiro passo é conectar o roteador-base (que vem indicado com um adesivo com a letra "A") ao modem e ligá-lo à tomada.
Enquanto ele vai ligando, você pode ir decidindo por qual caminho quer seguir para continuar o setup: pelo app D-Link Wi-Fi (Android / iOS) ou pelo navegador no PC.
O primeiro método é o mais fácil e intuitivo. Com o app instalado, basta escanear o QR Code para o smartphone se conectar diretamente ao roteador. A partir daqui é exibido um passo a passo que permite realizar ajustes e configurações básicas, como definir o nome da rede, senha para conexão e senha do painel de controle. Nos últimos passos, o app instrui o usuário a posicionar e ligar os roteadores-satélites em locais estratégicos da casa, de maneira a fornecer a maior cobertura possível.
Durante nossos testes, o processo de instalação pelo app não levou mais do que cinco minutos e os Covr conseguiram reconhecer uns aos outros sem qualquer problema.
A instalação usando o navegador de PC também é simples, mas exige um trabalhinho a mais. Depois de conectar o roteador ao modem e ligá-lo na tomada, o usuário conectar o roteador-base ao PC usando um cabo de rede ou usar o laptop para conectar à Wi-Fi padrão criada pelo equipamento e que cujas informações constam na etiqueta colada na parte inferior. Depois, é preciso acessar o endereço https://covr.local para iniciar um passo a passo semelhante ao apresentado ao app. Dependendo da familiaridade do usuário com esse tipo de procedimento, ele pode levar mais ou menos tempo.
Após esses procedimentos, a sua nova rede Wi-Fi está pronta para ser usada e com o nome que você escolheu. Uma coisa bacana para o usuário médio é que o Covr não diferencia o sinal na faixa de 2,4 GHz do outro na faixa de 5 GHz — seguindo a regra de ser transparente ao usuário, é o roteador quem identifica a compatibilidade dos dispositivos com cada faixa e define qual delas tem o melhor desempenho caso a caso. Para quem está acostumado a escolher isso "na unha", isso pode incomodar um pouco.
Recursos
Agora que já colocamos o D-Link Covr para funcionar, é interessante dar uma olhada em seus recursos para entender exatamente ele opera e o que faz para distribuir o sinal de Wi-Fi para todo o ambiente. Em suma, ao todo são três recursos que podemos dizer que são os principais desse equipamento.
O Smart Roaming é o primeiro deles e basicamente é o responsável por distribuir o sinal sem fio entre os três roteadores. Lembra daquele sinal interno que falamos anteriormente? Então, é esse rapaz aqui. Além disso, esse é o recurso responsável por determinar e selecionar qual Covr oferece o melhor sinal para os dispositivos conectados. Ou seja, se inicialmente você está conectado ao roteador-base e transita para um outro cômodo onde o sinal de outro Covr é mais forte, o Smart Roaming troca automaticamente a conexão, sem que você tenha de se preocupar com isso.
Algo semelhante faz o Smart Steering, mas aqui esse recurso identifica e alterna automaticamente a frequência Wi-Fi ideal para o dispositivo conectado. Lembra que dissemos que o Covr não diferencia redes 2,4 GHz nem 5 GHz, criando um único sinal? Então, na verdade existe, sim, duas bandas diferentes, mas elas são "invisíveis" ao usuário, que não as vê na lista de conexões disponíveis. E nos bastidores, o Smart Steering monitora e atribui a melhor frequência para cada dispositivo.
O terceiro recurso que se destaca no Covr é a tecnologia MU-MIMO. Nos primórdios, os roteadores funcionavam com filas de requisição: os pedidos de envio e recebimento de dados eram colocados em espera e iam sendo atendidos por ordem de chegada. Numa rede com muitos dispositivos conectados, isso gerava um tremendo gargalo de desempenho.
Aos poucos isso foi mudando e foram surgindo tecnologias que aceleraram e mudaram esse processo, até chegarmos à mais recente delas, a MU-MIMO (sigla que, traduzida, significa Múltiplas Entradas e Múltiplas Saídas de Múltiplos Usuários). Com ela, o roteador é capaz de enviar e receber dados simultaneamente de e para diversos dispositivos diferentes graças às suas múltiplas antenas. No caso do Covr, são três delas em cada equipamento — pode parecer pouco, mas a D-Link garante que é suficiente para entregar "a máxima performance".
Funcionalidades
Se por um lado o D-Link Covr traz consigo alguns dos recursos de conectividade mais atuais, por outro ele pode deixar a desejar em matéria de funcionalidades. Mas calma, vamos explicar isso melhor.
Esse "pode" se aplica especialmente se você for um usuário avançado e gostar de ajustar todos os aspectos da sua rede manualmente. Se for esse o seu caso, perceberá que, por exemplo, o sistema de controle parental do Covr se limita a uma lista de websites e agenda de horários, enquanto no quesito segurança não há qualquer proteção antimalware nativa, algo que roteadores desse segmento já contam. Também sentimos falta de podermos gerenciar a rede e os roteadores remotamente, algo que até o básico Multilaser Cosmo já oferece.
Do contrário, se você se considera um usuário "normal", que não vai ficar fuçando em todo tipo de configuração, então o Covr deve lhe atender muito bem em termos de funcionalidades. Aqui, a D-Link prezou, acima de tudo, por simplicidade. Ao fornecer um QR Code e destacar instruções para fazer toda a instalação dos roteadores via smartphone, a fabricante estimula o usuário a gerenciar a rede pelo app móvel. Só que, surpresa, esse app simplifica tanto as coisas que praticamente "esconde" todas as funcionalidades do Covr.
Nele, não encontramos qualquer funcionalidade que não seja considerada muito, mas muito básica. Para ilustrar isso, as configurações mais acessíveis são as para mudar o nome do Wi-Fi e senha, listar dispositivos conectados e definir o período em que eles estão liberados para acessar a rede sem fio, ativar/desativar a iluminação do LED de status e ativar/desativar uma rede Wi-Fi apenas para convidados. Escarafunchando as entranhas do app, é possível encontrar opções para definir o tipo de conexão à internet (DHCP, PPoE, IP estático etc.) e agendar reinicializações automáticas dos roteadores, para evitar travamentos e garantir a manutenção da rede. E é isso.
Quem busca algo mais avançado, acessar a dashboard de configuração a partir do bom e velho navegador no PC. E mesmo esse "algo mais avançado" não é exatamente nada fora da curva, mas sim o que praticamente todo roteador disponível hoje no varejo possui: firewall, DMZ, QoS, redirecionamento de porta, modo de operação em bridge ou roteador, troca de DNS... Para não sermos injustos, o D-Link Covr é capaz de segmentar a rede com a criação de VLANs e vem com um sistema de verificação antispoof, que basicamente ajuda a evitar ataques DDoS à sua rede.
Sinal e velocidade
OK, até aqui praticamente depenamos o Covr, mas ainda não o submetemos à prova de fogo. Afinal de contas, como esse novo roteador da D-Link se sai no dia a dia?
Durante uma semana testei o Covr intensivamente em minha casa, utilizando-o tanto durante as jornadas de trabalho quanto em tarefas do dia-a-dia e de lazer. Aqui, o roteador-base foi instalado no escritório, que fica bem no meio da casa e é onde também está posicionado o modem da operadora e o meu roteador padrão, um TP-LINK Archer C60 — assim, pude testar e comparar o desempenho dos dois. Os dois roteadores-satélites foram distribuídos nas "pontas superiores" da casa: cozinha e quarto. Como minha casa tem pouco mais de 100m², ou seja, apenas um quarto do que o Covr é capaz de cobrir, julguei que todos os cômodos seriam atendidos a contento — e foi exatamente o que aconteceu, e em todos os cômodos a intensidade do sinal Wi-Fi sempre esteve no máximo.
Falando dos testes em si, eles foram feitos de duas formas diferentes: no primeiro, testei a velocidade de conexão à internet medindo as taxas de download e upload tanto do Covr quanto do Archer C60 em cada um dos principais cômodos da casa. No segundo, usei o TeraCopy para testar a velocidade da rede transferindo um arquivo de 150 MB de um notebook para outro em ambos os roteadores e em cada um dos principais cômodos da casa.
O resultado foi o seguinte:
Em linhas gerais, o Covr conseguiu manter um bom desempenho, se sobressaindo principalmente no escritório e na sala de estar, onde manteve a taxa de download bem próxima da velocidade que tenho contratada (100 Mbps). Fora isso, nos demais cômodos essa taxa caiu pelo menos 30%, mesmo com um roteador-satélite nas proximidades. Como não é possível avaliar a qual Covr o dispositivo está realmente conectado, tudo o que podemos fazer é supor o motivo por trás dessa queda.
Eis a minha principal suspeita: como o Covr é capaz de cobrir até 465m² e o local em que ele foi testado tem pouco mais de 100m², o sinal pode ter ficado condensado demais. Por isso, tanto o Smart Steering quanto o Smart Roaming podem ter se confundido, mantendo, por exemplo, o dispositivo que está na cozinha conectado ao roteador-base no escritório em vez de fazer a troca para o roteador-satélite mais próximo. Para comprovar essa teoria, usei um cabo de rede para conectar o laptop ao roteador instalado na cozinha e rodei o teste de velocidade. O resultado: 88,2 Mbps de download, mesmo valor obtido com o Archer C60.
O Covr também se saiu muito bem no quesito transferência de arquivos. Curiosamente, a questão que afetou o desempenho do roteador na conexão à internet não foi sentida neste teste em específico, com o arquivo de 150 MB levando praticamente o mesmo tempo para viajar de um laptop para outro nos dois roteadores. A única ressalva fica por conta do teste realizado na sala de estar, que apresentou uma diferença de 12 segundos para mais.
OK, mas o que realmente significam esse gráfico e esses números na prática? No dia a dia, o Covr se saiu bem sobretudo durante as jornadas de trabalho, com o PC ligado à ele por cabo de rede e pelo menos mais dois dispositivos móveis pendurados na Wi-Fi. No "horário nobre" foi que as coisas ficaram mais difíceis.
Com todo mundo em casa, o número de dispositivos conectados à Wi-Fi mais que triplicou, subindo para sete. Nesse cenário, deu para perceber alguns gargalos, sobretudo nos smartphones, que demoravam alguns segundos até conseguirem enviar uma mensagem no WhatsApp e apresentavam lentidão no carregamento do feed do Instagram e do Twitter. Esse congestionamento só piorou quando ligamos a Mi Box e iniciamos um streaming em 4K — embora a transmissão conseguisse manter sua qualidade, era praticamente impossível fazer qualquer outra coisa na rede. E não, nem chegamos a adicionar os consoles nem a jogatina online a essa equação, que já estava pendendo demais para o lado negativo da coisa.
É bem verdade que esse problema pode ser resolvido, ou pelo menos amenizado, com a criação de uma ou duas VLANs ou até mesmo a configuração do QoS, mas veja bem: é muito improvável que as pessoas se disponham a fazer algo desse tipo, sobretudo quando a própria D-Link limita o acesso às configurações do roteador pelo app que ela tanto incentiva o uso. Por isso, é muito mais plausível que o consumidor que tem muitos dispositivos em casa compre o roteador, instale-o e comece a sofrer com esses gargalos, até formar a opinião de que o produto está com "defeito" ou que "não presta".
Vale a pena?
Não resta dúvidas de que o Covr é muito competente naquilo que propõe e oferece cobertura de sobra para a maioria das residências. Durante os testes, o sinal Wi-Fi realmente estava presente em todos os cantos da minha casa, e sempre no máximo.
A D-Link também foi muito bem-sucedida em bolar um processo de instalação e configuração que é muito fácil, o que acaba tornando o produto amigável para qualquer tipo de consumidor. Porém, o outro lado da moeda é que essa ideia também foi levada às funcionalidades do roteador, que peca tanto pela simplicidade de recursos essenciais como o controle parental, quanto pela ausência completa de configurações mais avançadas de segurança e até mesmo de gestão.
Dependendo do seu perfil, isso pode acabar não sendo algo com que terá de se preocupar, mas é importante estar ciente desse tipo de coisa antes de decidir pela compra para não acabar surpreendido negativamente. Outra questão importante é estudar com cuidado quais realmente são suas necessidades.
Veja bem: estamos falando de um produto que custa R$ 1.500 na loja oficial da D-Link e que garante a cobertura de até 465m². Pode ser um preço muito alto e muito poder de fogo para cobrir sua casa. Em nossos testes, tudo indica que tivemos problemas justamente pelo espaço ser pequeno demais, o que acabou confundindo os roteadores. Nesse caso, em vez de três, o ideal talvez fossem dois Covr operando sem "baterem cabeça" — mas, infelizmente, não há essa opção de compra no Brasil.
Por outro lado, se em matéria de cobertura o Covr sobrou, o mesmo não pode ser dito com a quantidade de dispositivos que ele conseguiu segurar. Ao todo, foram um desktop conectado via cabo, e três laptops, três smartphones e duas smart TVs conectados via Wi-Fi — mais do que suficiente para sentirmos demora no envio de mensagens e atualizações em redes sociais, e quase que um blackout completo quando uma das TVs consumia conteúdo em 4K via Netflix.
Aqui, vale a mesma dica anterior: por mais que o marketing prometa "máxima performance", é preciso conhecer suas necessidades e estudar o produto que vai comprar. Do contrário, você poderá pagar caro por algo que não vai lhe atender.
Dito tudo isso, a recomendação é a seguinte: se você sofre para distribuir bem o Wi-Fi em sua casa por ela ser grande demais ou ter pelo menos dois andares e não usa tantos dispositivos móveis pendurados no roteador ao mesmo tempo, a compra do D-Link Covr pode resolver os seus problemas.
Contudo, se você mora numa casa modesta, com no máximo seus 100m², e usa muitos aparelhos conectados à rede sem fio ao mesmo tempo, então a sugestão é investir os R$ 1.500 cobrados pelo Covr num roteador padrão, mais robusto e, sobretudo, com pelo menos cinco antenas. De brinde, pode ser que ainda sobre um troco desse dinheiro aí.
*O Covr utilizado nesta análise foi gentilmente enviado ao Canaltech pela D-Link.