5 coisas que você deve considerar antes de comprar um disco rígido
Por Joyce Macedo | •

O disco rígido é um sistema de armazenamento de dados considerado peça-chave na arquitetura dos computadores modernos e é normal que depois de certo tempo de uso ela precise ser substituída, ou simplesmente você sinta que precisa de um disco rígido adicional para dar conta dos seus arquivos.
Aqui no Canaltech já demos algumas dicas de como identificar se a vida útil de seu disco rígido está chegando ao fim, mas com tantas opções disponíveis no mercado, como saber qual é o melhor para você e qual deles deve comprar?
A boa notícia é que escolher um disco rígido não é uma tarefa de outro mundo. Na verdade, não há muita margem para erros – contanto que você siga algumas orientações básicas, você não precisará se preocupar em comprar o "disco rígido errado".
1. HD, SSD ou disco híbrido?
A primeira decisão que você tem que tomar ao decidir que é hora de comprar um novo disco rígido é escolher a melhor opção de armazenamento para o seu caso.
Os discos rígidos tradicionais (HDs) são utilizados há décadas em desktops e notebooks e, por isso, o termo HD se tornou genérico e hoje é comumente utilizado para definir qualquer sistema de armazenamento. A tecnologia usada nesse tipo de disco é confiável e podemos resumir em poucas palavras que essa é uma opção simples, espaçosa e relativamente barata, uma vez que os HDs tradicionais oferecem o custo mais baixo por gigabyte, capaz de ser medido em centavos.
3. Especificações e desempenho
Agora que você já sabe que tipo de drive comprar, é hora de encontrar um modelo que corresponda às suas necessidades. Para isso, é preciso levar em consideração alguns pontos:
- Velocidades de transferência: o desempenho de um HD tradicional dedicado a consumidores comuns é determinado por vários fatores, mas um dos mais importantes são as rotações por minuto (RPMs). Rotações mais elevadas significam transferência de dados mais rápida.
- Cache: quando um disco rígido precisa transferir dados a partir de uma seção da unidade para outra, ele utiliza uma área especial da memória embutida chamada cache ou buffer. HDs com maior cache permitem que os dados sejam transferidos mais rapidamente. HDs modernos podem ter tamanhos de cache que variam entre 8 MB e 128 MB. Quanto maior e mais rápido for o cache, maior será o ganho de performance.
- Tempo de acesso: os HDs tradicionais têm diversos fatores que afetam o seu desempenho, tais como o tempo que levam para posicionar o leitor para realizar a leitura de dados ou gravar os dados na unidade. O tempo de acesso é o tempo médio necessário para acessar um setor aleatório do HD. O tempo de acesso nos HDs mais modernos gira em torno de 10 a 7 milissegundos e, obviamente, quanto mais baixo melhor. Apesar de importante, o tempo de acesso é um fator que não deve ser superestimado.
- Taxa de falha: HDs tradicionais são mecânicos, logo o desgaste ao longo do tempo já é algo esperado. Mas nem todos os HDs são iguais. Alguns modelos são mais propensos a falhar dentro do prazo de 6 meses, enquanto outros têm expectativa de vida útil muito maior que isso. É sua responsabilidade pesquisar essa informação na hora de escolher o modelo que deseja comprar. Em geral, os SSDs modernos tendem a durar mais tempo (taxa média de falha de 2 milhões de horas) do que HDs modernos (taxa média de falha de 1,5 milhões de horas). No entanto, para armazenamento desconectado a longo prazo, HDs são mais confiáveis do que SSDs.
4. Externo ou interno
Essa parte é mais fácil, pois a única coisa que você deve considerar é se o disco rígido ficará dentro do gabinete ou se ele será transportado por aí e usado externamente. Para te ajudar na decisão, confira os prós e contras de cada uma das opções:
Os HDs externos são perfeitos para armazenamento e backups. Eles normalmente se conectam ao computador por meio de um cabo USB 2.0, que dispõe de 480 Mb/s de velocidade, na parte externa da máquina, embora alguns modelos suportem USB 3.0 que disponibiliza até 5 GB/s. A menos que você compre um modelo mais avançado, a velocidade mais comum suportada por eles é lenta demais para uso primário, como executar um sistema operacional.
Um detalhe importante é que os HDs externos são portáteis. Eles podem ser compartilhados entre vários computadores sem grandes dificuldades. Basta conectar o USB e está feito. Eles também podem ser conectados à TVs e media centers para reprodução direta de mídia, como filmes, por exemplo.
Agora, se você precisa de velocidade e dispensa a portabilidade, então use uma unidade interna. Para esclarecer, qualquer unidade de dados pode ser usada internamente ou externamente se os conectores forem compatíveis. Quando vendidas para uso externo, elas vêm envoltas em embalagens protetoras. Se você remover essa proteção, poderá usá-la internamente se desejar.
5. Preço
Com base em todos os itens acima, você vai encontrar dispositivos com diferentes faixas de preço. Cabe a você decidir quais fatores são mais relevantes para atender suas necessidades e escolher um modelo de disco rígido que se encaixe nesses parâmetros. Os HDs tradicionais são relativamente baratos se comparados aos SSDs: pelo valor de um SSD de 256 GB é possível conseguir 4 TB ou mais em discos rígidos.
No quesito preço, uma dica é dividir o preço de varejo da unidade por sua capacidade de armazenamento para obter um preço por gigabyte. Por exemplo, um HD WD Black de 1 TB custa US$ 70, ou seja, US$ 0,07/GB. Um SSD Crucial MX100 com 128 GB custa US$ 67, resultando em um valor de US$ 0,52/GB.
Ao longo de 30 anos, o preço aproximado por gigabyte dos HDs tradicionais mudou muito. Em 1981, esse valor girava em torno de US$ 300.000/GB; em 1990 caiu para US$ 10.000/GB; em 1997 chegou a US$ 100/GB e em 2010 atingiu a marca média de US$ 0,10/GB.
Apesar do alto valor apresentado pelos SSDs, algumas previsões indicam que os preços podem cair. Quando surgiram no mercado, os SSDs custavam US$ 40 por gigabyte. No final do ano passado, já era possível encontrar SSDs a US$ 0,35 por gigabyte. Uma queda impressionante, mas o custo de HDs está na faixa de US$ 0,03/GB, uma marca ainda difícil de alcançar.
Imagem: Mkomo.com
Fonte: MakeUseOf